sábado, 4 de junho de 2011

Cenário Econômico Semanal

Agência Enfoque





Cenário Econômico Semanal - 30/Maio a 03/Junho/2011
Ibovespa fecha semana descolada de Wall Street




A semana que abriu o mês de junho foi marcada pela divulgação de importantes dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Os resultados, piores do que o esperado, contribuíram para que as bolsas americanas fechassem o período no vermelho.

Por aqui, depois de seguidas desvalorizações, o Ibovespa teve um desempenho descolado de Wall Street, em um cenário internacional ruim. Além da situação dos EUA, a dívida de nações européias voltam a preocupar investidores, que buscaram segurança nas baratas ações de mercados como o brasileiro.

Entre os indicadores mais importantes da economia americana, o grande destaque foi a taxa de desemprego, divulgada na sexta-feira. O resultado, 9,1%, foi pior do que o mercado esperava, já que a abertura de vagas de trabalho aconteceu em um ritmo mais lento do que o estimado.





Cenário Externo


A semana nos EUA começou apenas na terça-feira, já que a segunda os mercados ficaram fechados por conta do feriado Memorial Day. Com isso, o primeiro indicador divulgado foi o do levantamento dos preços de casas nas dez maiores cidades americanas, que apresentou queda de 0,8% em março, em uma série sem ajuste sazonal. Com o ajuste, a queda foi de 0,2%. A pesquisa é realizada mensalmente em parceria da S&P com a consultoria Case Shiller.

Além disso, as condições de negócios na região de Chicago registraram uma queda para 56,6% pontos em maio, contra 67,6% em abril,. A expectativa do mercado era de 63 pontos. Outro destaque, a confiança do consumidor norte-americano recuou em maio, ao atingir 60,8 pontos, informou o Conference Board. Em abril, o indicador foi revisado para 66 pontos, o menor em seis meses.

Na quarta-feira, foram divulgados os primeiros dados do mercado de trabalho. O setor privado do país gerou em maio a abertura de 38 mil vagas. Além disso, o Institute for Supply Management divulgou que a atividade manufatureira caiu para 53,5 pontos em maio, contra 60,4 pontos registrados em abril.

Já os gastos com construção registraram em abril alta de 0,4%, para US$ 7765 bilhões, informou o Departamento de Comércio. O resultado veio acima do esperado, de alta moderada de 0,1%.

De novo ao mercado de trabalho, os novos pedidos de auxílio desemprego registraram leve queda, para 422 mil na semana passada, contra 428 mil revisados do período da medição anterior. Além disso, a produtividade do trabalhador norte-americano avançou 1,8% no primeiro trimestre, ao passo que o custo unitário do emprego teve leve queda frente ao último trimestre de 2010 e registrou variação de 0,7% entre janeiro e março deste ano.

Já os pedidos às fábricas recuaram 0,9% em abril, após alta revisada de 3,8% em março. As informações são do Departamento de Comércio dos EUA.

Finalmente, na sexta-feira, o governo americano informou que o número de vagas criadas atingiu 54 mil, muito aquém dos 170 mil estimados por analistas. Já a taxa de desemprego, prevista para cair para 8,9% no mês passado, aumentou e atingiu 9,1%.
Também no último dia da semana, foi informado que a atividade do setor de Serviços avançou em maio, ao atingir 54,6 pontos, informou o Instituto of Supply Management. O resultado veio acima do esperado, de 54 pontos, e também acima da leitura de abril, revisada para 53,7 pontos.

Com isso, o Dow Jones acumulou na semana perdas de 2,3% e encerrou aos 12.251 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 2,3% aos 1.300,17 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


Em uma semana positiva para o mercado acionário brasileiro, o grande destaque da agenda econômica local ficou para os dados do PIB do primeiro trimestre, além dos números da produção industrial do país.

A economiza brasileira avançou 1,3% nos primeiros três meses do ano, na comparação com o trimestre anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O maior destaque foi a agropecuária, que registrou aumento de 3,3% no valor adicionado. Em seguida, aparecem a indústria, com expansão de 2,2%, e os serviços, com elevação de 1,1%.
Já a produção industrial apontou queda de 2,1% na passagem de março para abril de 2011, descontadas as influências sazonais, após acumular ganho de 3,3% nos últimos três meses de crescimento.

Destaque também para a balança comercial brasileira, que fechou maio com superávit de US$ 3,52 bilhões, em um período com 22 dias úteis. Durante o mês, as exportações acumularam US$ 23,21 bilhões e as importações de US$ 19,68 bilhões. Com isso, o Brasil acumula em 2011 saldo positivo de US$ 8,55 bilhões. O resultado acumulado é 52,5% superior ao do mesmo período do ano passado. Já na comparação maio de 2011 e maio de 2010, a diferença é de 89,4%.

Além disso, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,34% em abril em comparação com o mês anterior, resultado inferior ao observado em março (0,39%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado 12 meses), os preços variaram 6,73% em abril; em março, a taxa era de 6,81%. A variação acumulada em 2011 até abril foi de 1,74%.

Neste cenário, o Ibovespa fechou a semana com ganhos de 0,1% totalizando 64.341 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
PORTX
PRTX3
3,55
9,23%
BROOKFIELD
BISA3
8,80
6,15%
ROSSI RESID
RSID3
14,40
6,12%
ECODIESEL
ECOD3
0,71
5,97%
GOL
GOLL4
20,65
5,79%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
TELEMAR
TNLP3
31,68
-5,09%
CCR SA
CCRO3
47,31
-4,23%
BRF FOODS
BRFS3
28,12
-3,76%
PETROBRAS
PETR3
26,33
-3,52%
EMBRAER
EMBR3
12,15
-3,49%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 44,49
1.769.303.264,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 23,78
1.279.554.880,00
Exploração e/ou Refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 15,78
920.192.048,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 35,85
866.973.304,00
Bancos
BRASIL
BBAS3
R$ 27,40
709.130.768,00
Bancos





Dólar:


O dólar comercial voltou a sofrer desvalorização na primeira semana de junho. Apesar da tendência de queda, a moeda enfrentou uma sessão de forte alta na quarta-feira, com os mercados sendo penalizados com dados negativos da economia americana.

Em cinco dias, a divisa perdeu 1,6% e encerrou transacionada a R$ 1,5760 para a venda e R$ 1,5740 para a compra.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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