sexta-feira, 13 de maio de 2011

Cenário (09 a 13/Maio) e Agenda (16 a 20/Maio)

Agência Enfoque








Cenário Econômico Semanal - 09 a 13/Maio/2011
Mercados têm mais uma semana de perdas




Os mercados acionários do Brasil e dos Estados Unidos tiveram mais uma semana com perdas. No entanto, ao contrário da última semana, as quedas foram mais modestas, já que o cenário foi menos instável.

A semana foi marcada por uma agenda sem muito movimento, com os índices de inflação chamando mais a atenção dos investidores. Com os mercados ainda nervosos, o dólar se valorizou, já que foi uma forma encontrada para aplicações com mais segurança.





Cenário Externo


A semana começou sem indicadores de destaque na economia americana, com os primeiros índices divulgados apenas na terça-feira. Foi o caso do preço dos produtos importados, em abril, registrou alta de 2,2%, de acordo com levantamento divulgado pelo Departamento de Trabalho do país. A alta foi influenciada pela inflação de 6,7% dos combustíveis importados, enquanto o núcleo avançou apenas 0,6%.

Já os estoques no atacado do país apresentaram em março alta de 1,1%, contra 1% na pesquisa de fevereiro. Os números foram divulgados a pouco pelo Departamento de Comércio.

Na quarta-feira foi divulgado que o déficit comercial aumentou em abril, ao atingir US$ 48,2 milhões. O resultado veio pior do que o esperado, já que o mercado apostava em saldo negativo de US$ 47,7 milhões. Na parte da tarde, o Departamento do Tesouro informou que registrou em abril um déficit de US$ 40,5 bilhões. No período, o governo teve gastos aproximados de US$ 330 bilhões e arrecadou aproximadamente US$ 289 bilhões.

No dia seguinte, o mercado tomou conhecimento que as vendas no varejo apresentaram em abril alta de 0,5% para um valor com ajuste sazonal de US$ 389,4 bilhões. Os dados são do Departamento de Comércio. Este foi o décimo mês seguido de alta do indicador. O mercado estimava que o índice apresentasse alta de 0,6%. Destaque ainda para os estoques de negócios, que registraram em março avanço de 1%, após alta de 0,5% de fevereiro.
Além disso, os pedidos de auxílio-desemprego apresentaram na última semana uma queda de 44 mil solicitações, para um total de 434 mil. Os números são do Departamento de Trabalho. A principal notícia, porém, foi a da inflação ao produtor norte-americano. Em abril, o PPI avançou 0,8%, puxado pelos preços de energia e alimentos. Excluindo do cálculo estes itens, o núcleo do PPI avançou 0,3%.

Finalmente, na sexta-feira, foi a vez dos dados da inflação ao consumidor. O CPI avançou 0,4% em abril, puxado pelos altos preços de gasolina, informou o Departamento de Trabalho do país. No período, o núcleo do CPI variou 0,2%, contra estimativa de 0,1%. No ano, houve alta de 3,2% da inflação, a maior alta em 12 meses desde outubro de 2008.

Pouco mais tarde, a Universidade de Michigan divulgou há pouco que a prévia da confiança do consumidor, que avançou para 72,4 pontos, contra 69,8 pontos de abril. O resultado veio acima do esperado, de 70 pontos.

Com isso, o Dow Jones acumulou queda de 0,3% na semana, fechando aos 12.595,5 pontos. Já o S&P teve perdas totais de 0,2% aos 1.337,76 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


No Brasil, como de costume, os diversos índices de inflação marcaram a semana. Entre eles, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,50% em abril. A variação registrada em março foi de 0,61%. O IGP-DI de abril foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência.

Já o IPC-S de 07 de maio de 2011 apresentou variação de 1,05%, 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Esta foi a maior taxa do IPC-S desde a primeira semana de fevereiro de 2011, quando o índice registrou variação de 1,16%. Além disso, o IGP-M, na primeira semana de maio, avançou 0,70%, acima da taxa registrada no período exatamente anterior

A balança comercial do Brasil teve na primeira semana de maio superávit de US$ 969 milhões, com média diária de US$ 193,8 milhões. Este valor está 18% acima do registrado em maio de 2010 (média de US$ 164,2 milhões) e é 97,6% superior ao verificado em abril deste ano (US$ 98,1 milhões).
Em março de 2011, os índices regionais da produção industrial, descontados os efeitos sazonais, mostraram crescimento em sete dos quatorze locais pesquisados, frente a fevereiro. Já o comércio varejista registrou alta de 1,2% no volume de vendas e de 1,4% na receita nominal, ambas com relação ao mês anterior.

Já o emprego industrial mostrou quadro de estabilidade (0,0%) na passagem de fevereiro para março, após avançar 0,5% no mês anterior. Contudo, o índice de média móvel trimestral mostrou ligeira variação positiva (0,2%) entre os trimestres encerrados em março e fevereiro, após apontar variação de 0,1% em fevereiro e ficar estável de outubro a janeiro. As informações são do IBGE.

Com isso, o Ibovespa acumulou queda de 1,7% aos 63.316 pontos.





Confira o gráfico, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
MRV
MRVE3
15,13
13,76%
JBS
JBSS3
5,64
7,22%
PDG REALT
PDGR3
9,53
6,72%
ROSSI RESID
RSID3
14,60
6,57%
LLX LOG
LLXL3
4,63
6,44%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
HYPERMARCAS
HYPE3
16,06
-20,73%
DURATEX
DTEX3
12,50
-7,34%
TELEMAR
TNLP3
31,13
-6,85%
CIELO
CIEL3
12,87
-6,67%
ECODIESEL
ECOD3
0,74
-6,33%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 42,27
2.346.703.776,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 23,52
1.845.046.240,00
Exploração e/ou Refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 14,21
1.274.907.936,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 35,72
1.150.751.648,00
Bancos
HYPERMARCAS
HYPE3
R$ 16,06
745.020.928,00
Produtos Diversos





Dólar:


A maior procura pela moeda americana se tornou uma vertente comum entre os investidores na última semana. Com isso, o dólar comercial acabou sofrendo uma nova valorização semanal, já que é visto como uma aplicação mais segura.

Neste cenário, a divisa ganhou 1,0% na semana e encerrou a R$ 1,6330.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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