Cenário (02 a 06/Maio) e Agenda (09 a 13/Maio)

[+] Veja esta e outras notícias em www.enfoque.com.br Cenário Econômico Semanal - 02 a 06/Maio/2011 Morte de Bin Laden e queda das commodities levam bolsas para o vermelho Em uma semana marcada pela morte do terrorista Osama Bin Laden e pela queda dos preços das commodities – com destaque para o petróleo -, os mercados acionários do Brasil e dos Estados Unidos acumularam perdas expressivas. Além disso, os dados do mercado de trabalho nortearam os negócios. Por aqui, a preocupação com a inflação pautou os investidores. Nos primeiros momentos, os investidores receberam bem o assassinato de Bin Laden. No entanto, a preocupação com possíveis represálias de grupos terroristas fez com que os mercados operassem com cautela. O petróleo foi uma das commodities que mais perdeu na semana. Somente na sessão de quinta-feira o ativo perdeu quase 10%. Com isso, as empresas ligadas ao setor petrolífero sofreram com a desvalorização de seus papéis. Cenário Externo A semana começou com a divulgação do índice de atividade manufatureira americano, que caiu para 60,4 pontos em abril, segundo informações divulgadas pelo Institute for Supply Management. No mês passado, o ISM havia atingido 61,2%. A expectativa do mercado era de que o ISM atingisse a marca dos 59,5 pontos. Já o índice que mede os gastos com construção teve uma alta acima do esperado em março. A aposta para o indicador um avanço de 0,5%, mas o resultado divulgado pelo Departamento de Comércio foi de alta de 1,4%. O número divulgado hoje aponta uma grande melhora em relação a queda de 1,4% registrada em fevereiro Na terça-feira, destaque para os pedidos às fábricas nos EUA, que tiveram em março o quinto mês seguido de alta, avançando 3% para US$ 462,9 bilhões. Os números são do Departamento de Comércio do país. O mercado estimava alta de 2,0%. No dia seguinte, começaram a ser divulgados os dados do mercado de trabalho. O primeiro deles informo que as empresas americanas  fecharam 36.490 postos de trabalho em abril. Os números foram divulgados pela consultoria Challenger, Gray & Christmas, Inc. O indicador leva em conta os anúncios de demissões nos EUA. Além disso, o setor privado gerou em abril 179 mil postos de trabalho. Os dados foram divulgados pela Automatic Data Processing (ADP) /Macroeconomic Advisers. Apesar de positivo, o dado mostra uma queda no ritmo de crescimento de empregos privados. Em fevereiro, foram geradas 217 mil vagas. Já em março o número recuou para 201 mil. Ainda na quarta-feira, o índice que mede a atividade do setor de serviços, apurado pelo Institute for Supply Management, registrou em abril um declínio para 52,8 pontos. Em março, o indicador havia ficado em 57,3 pontos. O mercado estimava uma queda bem mais modesta, para 57 pontos. Na quinta-feira, destaque para produtividade das empresas norte-americanas cresceram 1,6% no primeiro trimestre, mas os salários pagos por hora aos trabalhadores, com ajuste pela inflação, tiveram a maior queda em quase três anos, informou o Departamento de Trabalho. Já os pedidos de auxílio-desemprego apresentaram na última semana um avanço de 43 mil solicitações, para um total de 474 mil, o maior nível em quase nove meses. Os números são do Departamento de Trabalho do país. O resultado ficou acima do esperado pelo mercado, de 410 mil. O dado mais esperado da semana foi divulgado na sexta-feira e contribuiu para um ensaio de recuperação dos mercados na sexta-feira. A taxa de desemprego avançou para 9%, contra 8,8% do mês passado. No entanto, o mercado de trabalho gerou 244 mil vagas, superando as apostas do mercado. Com isso, o Dow Jones encerrou a semana com queda acumulada de 1,3% aos 12.639 pontos, enquanto o S&P 500 somou perdas de 1,7% aos 1.340,19 pontos. Confira os gráficos de longo prazo: Cenário Interno O Banco Central divulgou na manhã de segunda-feira a pesquisa semanal com analistas de mercado sobre as perspectivas da economia brasileira em 2011 e 2012. E pela oitava semana seguida, houve elevação da projeção do IPCA para 6,37%. Para o fim de 2012, a aposta se manteve em 5,00%. Na terça-feira, o destaque ficou para o crescimento da produção industrial brasileira em março. De acordo com o IBGE, o avanço no período foi de 0,5%, acumulando nos últimos 12 meses alta de 6,8%. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), indicador novo do IBGE,  variou em março 0,39% em comparação com o mês anterior, resultado inferior ao alcançado em fevereiro (0,60%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços variaram 6,80% em março e 6,22% em fevereiro. A variação acumulada em 2011 até março foi de 1,40%. Por fim, na sexta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril teve variação de 0,77%, muito próxima da taxa de março (0,79%). O acumulado em 2011 está em 3,23%, 0,58 ponto percentual acima da taxa relativa a igual período de 2010 (2,65%). Nos últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,51%, também acima dos 6,30% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2010 a taxa havia ficado em 0,57%. No Brasil, o cenário interno falou mais alto e fez com que a bolsa acumulasse fortes perdas na semana. Nem mesmo o bom desempenho do último dia impediu a retração de 2,6% do Ibovespa, que fechou aos 64.410 pontos. Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana: As maiores altas da semana ATIVO CÓDIGO ÚLTIMO VARIAÇÃO LOJAS AMERIC LAME4 15,16 10,37% LIGHT S/A LIGT3 29,00 9,43% REDECARD RDCD3 24,50 7,69% EMBRAER EMBR3 13,29 7,52% B2W VAREJO BTOW3 23,10 6,94% As maiores baixas da semana ATIVO CÓDIGO ÚLTIMO VARIAÇÃO OGX PETROLEO OGXP3 14,70 -12,97% MARFRIG MRFG3 14,35 -11,34% PORTX PRTX3 3,12 -9,83% GERDAU GGBR4 17,12 -9,42% GERDAU MET GOAU4 20,94 -8,68% Mais negociadas da semana ATIVO CÓDIGO ÚLTIMO VOLUME SEGMENTO VALE VALE5 R$ 44,35 2.911.289.792,00 Minerais Metálicos PETROBRAS PETR4 R$ 24,21 2.408.009.024,00 Exploração e/ou Refino OGX PETROLEO OGXP3 R$ 14,70 1.587.402.048,00 Exploração e/ou Refino ITAUUNIBANCO ITUB4 R$ 36,60 1.488.464.384,00 Bancos VALE VALE3 R$ 49,75 907.679.920,00 Minerais Metálicos Dólar: A semana foi marcada pelos investidores buscando aversão ao risco nos mercados acionários e de commodities, com isso eles migraram para a segurança do dólar. A forte procura pela moeda americana fez com que a divisa voltasse para a casa de R$ 1,60. Em cinco dias o dólar comercial acumulou valorização de 2,8% e encerrou o período negociado a R$ 1,6170. Confira o gráfico de longo prazo: Enfoque Informações Financeiras http://www.enfoque.com.br