quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pensando em longo prazo, Spinelli recomenda comprar CSN, Gerdau e Usiminas

Por: Anderson Figo
19/04/11 - 20h20
InfoMoney


SÃO PAULO - A Spinelli Corretora revisou nesta terça-feira (19) sua recomendação aos papéis preferenciais da Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4), além dos ordinários da CSN (CSNA3), de manter para compra. Mesmo mantendo sua perspectiva de que os resultados da siderúrgicas brasileiras no primeiro trimestre deste ano serão "bastante fracos", o analista Max Bueno avalia que a nova recomendação decorre da visão da corretora de elevado potencial de valorização às ações, considerando um horizonte de investimento superior a um ano.


Bueno explica que a perspectiva positiva no longo prazo para as siderúrgicas leva em consideração fatores como a entrada em operação de novos projetos de expansão de capacidade e melhora do mix de produção para as companhias. Além disso, o analista também vê com bons olhos um possível retorno dos preços de bulk materials (minério de ferro e carvão) para um patamar mais elevado no longo prazo.


Neste cenário, a Spinelli também revisou seus preços-alvo para os papéis USIM5, GGBR4 e CSNA3, que passaram para R$ 25, R$ 28 e R$ 30, respectivamente, para o final deste ano.


ResultadosPara o primeiro trimestre deste ano, Bueno acredita que Usiminas, CSN e Gerdau deverão mostrar um balanço "ainda bastante fraco e alinhado aos resultados do quatro trimestre de 2010". Apesar disso, o analista mencionou em relatório que, com a demanda aquecida e a redução dos descontos impactando positivamente as receitas e margens a partir do 2T11, espera-se uma melhora gradativa na rentabilidade do setor ao longo de 2011.


Mesmo assim, Bueno afirma que esta melhora ainda será limitada pela inexistência momentânea de espaço para altas adicionais nos preços dos produtos, levando em consideração a paridade dos preços e o custo de internação do produto importado, bem como a continuidade das pressões de custos com minério de ferro, carvão/coque e sucata.


Riscos
A corretora destacou como risco às empresas do setor a crescente oferta de aço no cenário internacional e a redução da demana. "Aparentemente, a redução da oferta japonesa de aço no mercado externo no curtíssimo prazo, decorrente do desastre natural, tem sido compensada pela redução da demanda por aço por parte da indústria automotiva, devido a interrupções na cadeia de suprimento global de autopeças, da qual o Japão é um importante elo", destacou Bueno.



Confira as projeções de resultados da Spinelli para as siderúrgicas brasileiras no primeiro trimestre deste ano:
(em R$ milhões)CSNUsiminasGerdau
Receita LíquidaR$ 3.754R$ 3.155R$ 8.021
EbitdaR$ 1.539R$ 568R$ 666
Resultado LíquidoR$ 768R$ 192R$ 196