16/03/11 - 14h02
InfoMoney
SÃO PAULO - O Barclays Capital iniciou a cobertura da Hypermarcas (HYPE3) com uma avaliação positiva da empresa e a recomendação de overweight - desempenho acima da média do mercado -, destacando os potenciais em alguns segmentos e a posição estratégia ocupada pela companhia. Contudo, ressalva-se o risco de execução de algumas metas.
Além disto, o preço-alvo para as ações é de R$ 27,00. Este valor representa um upside (potencial teórico de valorização) de 46,74% em relação à cotação do último fechamento. As estimativas feitas para chegar a esse preço-alvo foram baseadas no limite mínimo do guidance da empresa.
Potencial é destaqueO analista David Belaunde lembra que as ações da Hypermarcas registram um desempenho abaixo da média desde outubro passado, com os investidores receosos quanto a capacidade da empresa de capturar as sinergias prometidas e também quanto aos múltiplos das aquisições.
Belaunde destaca alguns pontos positivos da empresa. Segundo o analista, o potencial do segmento de farmácia é significativo, uma vez que o gasto médio do brasileiro com esse tipo de produto é de menos de US$ 90,00 por ano, ou 0,9% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto nos EUA esse gasto é de US$ 1000,00 por ano - cerca de 2,5% do PIB. Além disso, a avaliação é de que os genéricos ainda estão subdesenvolvidos, assim como a penetração da cobertura de saúde entre a população.
Outro potencial citado advém da consolidação do portfolio de marcas da Hypermarcas. Segundo o analista, esse processo deverá permitir que a empresa acesse novos segmentos sem que haja a “necessidade sistemática de aquisições”. Nesse ponto, a expectativa é que inovações neste ano auxiliem na obtenção de um crescimento da receita dos produtos de cuidados pessoais da ordem de 15% organicamente.
Os demais pontos positivos da Hypermarcas são as oportunidades de vendas cruzadas e alcance de distribuição, cobrindo pontos que concorrentes internacionais não chegam, o foco da empresa e o seu valor estratégico em relação ao mercado brasileiro e, por fim, o atrativo ponto de entrada das ações, que tiveram expressiva desvalorização desde a aquisição da Mantecorp.
RessalvasPor outro lado, o analista do Barclays também faz algumas ressalvas na análise da Hypermarcas. Primeiro, é citado reduzido retorno do capital investido e a “ainda não significativa” geração de caixa por conta das aquisições e possivelmente gestão de capital.
Outra ressalva fica por conta dos riscos de execução de sinergias e consolidação. “Na nossa avaliação, os pressupostos fornecidos pela companhia - implícitos no seu guidance de 24-25% de margem Ebitda [geração operacional de caixa] - faz sentido, mas nós não podemos ignorar o risco de execução”, afirma o analista. Ainda nesse ponto, também é destacada a reduzida visibilidade que esse processos tem nos ganhos da empresa.
Mais um fator crítico para a Hypermarcas surge com o fim do período, no final de abril, onde os antigos controladores da Mantecorp são obrigados a ficar com as ações da Hypermarcas utilizadas como pagamento pela aquisição. Até 34,5 milhões de ações poderão ser vendidas no mercado. Além disso, Belaunde lembra ainda os riscos representados pela crescente competição e múltiplos maiores que a média nas últimas aquisições realizadas.
Além disto, o preço-alvo para as ações é de R$ 27,00. Este valor representa um upside (potencial teórico de valorização) de 46,74% em relação à cotação do último fechamento. As estimativas feitas para chegar a esse preço-alvo foram baseadas no limite mínimo do guidance da empresa.
Potencial é destaque
Belaunde destaca alguns pontos positivos da empresa. Segundo o analista, o potencial do segmento de farmácia é significativo, uma vez que o gasto médio do brasileiro com esse tipo de produto é de menos de US$ 90,00 por ano, ou 0,9% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto nos EUA esse gasto é de US$ 1000,00 por ano - cerca de 2,5% do PIB. Além disso, a avaliação é de que os genéricos ainda estão subdesenvolvidos, assim como a penetração da cobertura de saúde entre a população.
Outro potencial citado advém da consolidação do portfolio de marcas da Hypermarcas. Segundo o analista, esse processo deverá permitir que a empresa acesse novos segmentos sem que haja a “necessidade sistemática de aquisições”. Nesse ponto, a expectativa é que inovações neste ano auxiliem na obtenção de um crescimento da receita dos produtos de cuidados pessoais da ordem de 15% organicamente.
Os demais pontos positivos da Hypermarcas são as oportunidades de vendas cruzadas e alcance de distribuição, cobrindo pontos que concorrentes internacionais não chegam, o foco da empresa e o seu valor estratégico em relação ao mercado brasileiro e, por fim, o atrativo ponto de entrada das ações, que tiveram expressiva desvalorização desde a aquisição da Mantecorp.
Ressalvas
Outra ressalva fica por conta dos riscos de execução de sinergias e consolidação. “Na nossa avaliação, os pressupostos fornecidos pela companhia - implícitos no seu guidance de 24-25% de margem Ebitda [geração operacional de caixa] - faz sentido, mas nós não podemos ignorar o risco de execução”, afirma o analista. Ainda nesse ponto, também é destacada a reduzida visibilidade que esse processos tem nos ganhos da empresa.
Mais um fator crítico para a Hypermarcas surge com o fim do período, no final de abril, onde os antigos controladores da Mantecorp são obrigados a ficar com as ações da Hypermarcas utilizadas como pagamento pela aquisição. Até 34,5 milhões de ações poderão ser vendidas no mercado. Além disso, Belaunde lembra ainda os riscos representados pela crescente competição e múltiplos maiores que a média nas últimas aquisições realizadas.