segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fator Corretora eleva sua recomendação para Cielo de manutenção para compra

Por: Equipe InfoMoney
14/02/11 - 10h17
InfoMoney



SÃO PAULO - A Fator Corretora elevou sua recomendação para as ações da Cielo (CIEL3) de manutenção para compra, repercutindo o desempenho recente desses papéis e também perspectivas um pouco mais positivas para a empresa ao longo dos próximos trimestres.


O preço-alvo das ações para dezembro deste ano é de R$ 19,00, valor que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 64,36% em relação ao último fechamento.


Mercado precificou concorrênciaNa visão da equipe da Fator que assina o relatório, liderada pela analista Jacqueline Lison, o mercado, que previa tanto para a Cielo como também para a Redecard (RDCD3) um longo período de reduções da taxa de desconto líquida junto de aumento dos custos operacionais, já teria "mais do que precificado o impacto negativo do novo ambiente concorrencial após a abertura do mercado”.


A equipe escreve que ambas as empresas sinalizaram que os ajustes demandados por esse novo ambiente de negócios devem ser praticamente concluídos “nos próximos dois trimestres” e que não há previsão para novas negociações com grandes varejistas. Ainda sobre a concorrência, a equipe avalia que os investidores “têm superestimado o impacto da entrada de novos players”.


Cielo é superior a RedecardNa comparação entre as duas principais credenciadoras brasileiras, a preferência da equipe da Fator fica com a Cielo por causa da maior capilaridade de sua rede, "sobretudo em regiões com maior potencial de crescimento", e pela expectativa de expansão nas receitas de pré-pagamento, que em comparação com a Redecard possuem participação bem menor na composição do volume de crédito transacionado.


Outros fatores que trariam vantagens para a Cielo em relação a Redecard é o mix de clientes, a expectativa do início das operações da bandeira Elo e o elevado dividend yield da empresa, estimado em 9,6% neste ano.


Entretanto, a equipe finaliza alertando o investidor de que, apesar de todos esses pontos positivos citados, o investimento nesse segmento ainda apresenta “risco significativo” devido ao espaço de tempo "relativamente curto entre a abertura do mercado e a consequente alteração estrutural do ambiente competitivo".