22/02/11 - 22h23
InfoMoney
Otimismo que vem de dentro das empresasNishio, Rosman e Valdizan escrevem ainda que, por conta dos eventos vividos em ambas as empresas nesse começo de ano, preferem dar "o benefício da dúvida" para elas, principalmente em um ambiente mais competitivo nos preços, a principal preocupação deles nesse primeiro semestre. No caso da Cielo, eles exaltaram as palavras do CEO (Chief Executive Officer) Clóvis Poggetti durante teleconferência de resultados, que disse ter visto uma melhora no ambiente de preços nesses primeiros dois meses de 2011.
Já no caso da Redecard, eles dão ênfase à saída inesperada do diretor-presidente da empresa, Roberto Medeiros, para a entrada de Claudio Takashi Yamaguti, atual diretor do Itaú Unibanco (ITUB4). Para o trio de analistas, essa troca indica uma possível mudança na estratégia da companhia, que deixaria de priorizar os ganhos de market share (participação de mercado) e passaria a olhar mais para a preservação do MDR.
Com futuro ainda incerto, BTG prefere grandes bancos Contudo, Nishio, Rosman e Valdizan deixam claro que a tendência desse ano é de desaceleração. "Nós ainda esperamos que os ganhos líquidos com MDRs recuem fortemente para 1,1% no 3T11 (contra 1,4% no 3T10), já que apenas uma pequena porção de novos contratos com grandes varejistas foi implementada no 4T10", afirmam.
Além disso, o banco de investimentos destaca dois pontos-chave que deverão assombrar o setor na segunda metade do ano: o maior poder de barganha dos comerciantes (um fator de risco permanente para essas empresas) e os novos entrantes já esperados a partir de agosto, tais como a Elavon/Citibank, GlobalPayments, First Data e CSU/Banrisul, isso sem contar a já atuante parceria entre Santander (SANB11) e GetNet.
"Por essas razões, nós ainda preferimos o perfil de risco e retorno dos grandes bancos", concluem os analistas.