Por: Anderson Figo
12/01/11 - 16h45
InfoMoney
12/01/11 - 16h45
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Comidas a bebidasNa análise de Wigman e Lensing, para este ano o Goldman Sachs está mais otimista em relação a setores mais defensivos no Brasil, como o segmento de empresas do ramo alimentício. Neste sentido o banco chamou atenção para sua preferência aos papéis da Brasil Foods (BRFS3), apontando as ações ordinárias da companhia como sua top pick no setor.
Segundo Wigman e Lensing, o consenso do mercado se volta para a continuidade do elevado nível dos preços das commodities em 2011, sendo o principal driver para o avanço da inflação dos alimentos no período. Nesse sentido, o banco destacou que as consequências diretas do maior custo da agricultura sobre os preços das ações das companhias do setor já estão precificadas, contudo, muitos impactos negativos do avanço nos preços dos alimentos ainda deverão ser absorvidos pelos investidores.
O Goldman espera ainda que o mercado se decepcione em relação ao lucro ajustado das empresas do setor em 2011. "Nós acreditamos que os números do consenso estão elevados, possivelmente refletem a forte taxa de crescimento vista em 2010, e nós vemos uma boa probabilidade de um desapontamento do mercado mais pra frente", completaram os analistas.
Impactos do La Niña e maior competiçãoO fenômeno natural La Niña elevou as expectativas positivas em relação ao consumo de cerveja no último trimestre de 2010, uma vez que o clima no País ficou mais seco. Contudo, segundo o Goldman Sachs, o período também foi marcado pela temperatura mais amena do que de costume, o que ofuscou em partes os dias de clima mais seco.
Além disso, de acordo com Wigman e Lensing, o aumento expressivo nos preços da AmBev já era esperado devido ao fato de que a empresa atingiu um recorde de market share em setembro do ano passado de 71,7%. Contudo, os analistas revelam que não esperam este mesmo aumento sendo praticado pelos concorrentes da empresa, o que pode influenciar em uma redução do elevado market share da cervejeira neste ano.