quarta-feira, 21 de abril de 2010

Citi diminui preço-alvo de Gafisa para refletir aumento de capital

Por: Equipe InfoMoney
21/04/10 - 18h42
InfoMoney


SÃO PAULO - O Citigroup revisou para baixo o preço-alvo das ações da Gafisa (GFSA3) para R$ 15,20, frente a R$15,90 da projeção anterior, de modo a contemplar o recente aumento de capital pela empresa, além da incorporação da Tenda e de aumento de participação em Alphaville.

No entanto, a recomendação "manter" não foi alterada, apesar do upside previsto para os próximos 12 meses (26,8% em relação ao fechamento do dia 20 de abril), pois a instituição prefere outras empresas do setor, como MRV (MRVE3) e PDG Realty (PDGR3).

Menor lucro por ação
Com a emissão de R$ 1,06 bilhão de ações e planos para usar o montante na melhora da estrutura de capital, a estimativa de lucro por ação foi reduzida em 13%, o que impactou na projeção do preço-alvo para os ativos da construtora.

Por outro lado, aponta o Citi, isso deve favorecer o crescimento e melhorar as margens do negócio, o que leva o banco a prever expansão do lucro líquido em 22,6% e 31% em 2010 e 2011, respectivamente. No entanto, aqui a instituição faz uma ressalva: o histórico da companhia em produzir melhora na margem é variado, "e esperamos que a empresa continue atrás de seus pares" nesse quesito.

Ebitda e lançamentos
Além do preço-alvo, o Citi também revisou o Ebitda (geração operacional de caixa), prevendo aumento de 6,2% em 2010, enquanto as vendas devem ser incrementadas em 2,1%, de acordo com as novas projeções do banco. Além disso, a melhora na posição financeira da empresa com a emissão de ações, deve ocasionar aumento de 89,2% nos lançamentos da Gafisa, o que significaria R$ 4,35 bilhões em 2010.

O banco ainda ressalta que esse número fica mais próximo da ponta mais baixa do guidance emitido pela empresa, que planejou lançamentos entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões para 2010.

Principais riscos
Entre os principais riscos para esse investimento, o Citi aponta a capacidade da Gafisa em executar seu plano de crescimento, incluindo a expansão da empresa para outras áreas e a estratégia para baixa renda. Por outro lado, se realmente a margem do negócio melhorar mais rápido do que o previsto, a ação pode exceder o preço-alvo estabelecido, alerta o banco.