Lisboa, 26 - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou hoje uma mudança nas condições da oferta pública de aquisição (OPA) de ações da empresa portuguesa de cimentos Cimpor. A principal mudança é que a CSN vai utilizar a prerrogativa de não exercer os direitos de voto - ou apenas votar para proteger o investimento - até uma posição final da União Europeia. A CSN ofereceu € 3,68 bilhões pela Cimpor em 18 de dezembro, sendo € 5,75 por ação. O conselho da empresa portuguesa rejeitou a proposta no dia 7 de janeiro.
A prerrogativa permite a realização da oferta de compra antes de a União Europeia se pronunciar a respeito e faz com que prescinda das autorizações dos demais órgãos reguladores da concorrência, que têm de se manifestar a esse respeito. Além das autoridades da União Europeia, a operação está sujeita aos reguladores da Turquia, China e África do Sul.
Com a comunicação da oferta às autoridades reguladoras da União Europeia em 14 de janeiro, o prazo para a Comissão Europeia emitir seu parecer é até 18 de fevereiro.
Outra modificação da oferta é que passa a ser feita pela C.S.N. Cement S.à.r.l., empresa sediada em Luxemburgo, detida integralmente de forma indireta pela CSN.
Além da CSN, outras duas empresas brasileiras anunciaram que estão na corrida pela Cimpor. A Camargo Corrêa tem até o dia 28 próximo para confirmar se vai anunciar uma oferta concorrente, depois de ter proposto uma fusão com a Cimpor - o que foi recusado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal. Já a Votorantim afirmou que está interessada em uma participação minoritária, mas ainda não apresentou uma proposta concorrente.
Na sexta-feira, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça pediu mais informações às três empresas brasileiras e à Cimpor para averiguar se estão tomando medidas para evitar a entrada de novas concorrentes no mercado brasileiro de cimento.
(Jair Rattner)
Fonte: AE Broadcast
A prerrogativa permite a realização da oferta de compra antes de a União Europeia se pronunciar a respeito e faz com que prescinda das autorizações dos demais órgãos reguladores da concorrência, que têm de se manifestar a esse respeito. Além das autoridades da União Europeia, a operação está sujeita aos reguladores da Turquia, China e África do Sul.
Com a comunicação da oferta às autoridades reguladoras da União Europeia em 14 de janeiro, o prazo para a Comissão Europeia emitir seu parecer é até 18 de fevereiro.
Outra modificação da oferta é que passa a ser feita pela C.S.N. Cement S.à.r.l., empresa sediada em Luxemburgo, detida integralmente de forma indireta pela CSN.
Além da CSN, outras duas empresas brasileiras anunciaram que estão na corrida pela Cimpor. A Camargo Corrêa tem até o dia 28 próximo para confirmar se vai anunciar uma oferta concorrente, depois de ter proposto uma fusão com a Cimpor - o que foi recusado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal. Já a Votorantim afirmou que está interessada em uma participação minoritária, mas ainda não apresentou uma proposta concorrente.
Na sexta-feira, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça pediu mais informações às três empresas brasileiras e à Cimpor para averiguar se estão tomando medidas para evitar a entrada de novas concorrentes no mercado brasileiro de cimento.
(Jair Rattner)
Fonte: AE Broadcast