domingo, 5 de dezembro de 2010

Bradesco corta preço-alvo para Positivo em 2011, mas eleva recomendação

Por: Equipe InfoMoney
03/12/10 - 15h20
InfoMoney


SÃO PAULO - A Bradesco Corretora revisou para baixo o preço-alvo das ações da Positivo (POSI3) nesta sexta-feira (3), a fim de refletir a piora das margens no balanço do terceiro trimestre da companhia. O target das ações para o próximo ano passou de R$ 24,00 para R$ 16,60. Por sua vez, a recomendação foi elevada de market perform para outperform, dado o atrativo potencial de valorização dos papéis.


Os analistas Luiz Azevedo e Rodrigo Santoro alertam em relatório que, apesar do bom valuation, a ação pode continuar volátil pela ausência de catalisadores no curto prazo. O investimento é considerado arriscado, principalmente devido à dependência de benefícios de isenção de impostos, menores barreiras de entrada no mercado, evolução tecnológica e riscos macroeconômicos.


Mesmo com a manutenção do ambiente competitivo no curto prazo, o Bradesco acredita que "os players globais devem permanecer agressivos em precificar no curto prazo". O presidente da HP no Brasil, por exemplo, diz que planeja tornar a empresa líder no segmento em termos de unidades.


"Nós antecipamos que o mercado irá manter o crescimento de dois dígitos em 2011, puxado por varejistas", diz com otimismo a corretora.


Riscos levam à redução do EbitdaA dupla de analistas ainda aponta que a Positivo deve receber menores isenções de ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços) no longo prazo. A decisão levaria a preços mais altos dos produtos, para prevenir que as margens tenham queda proporcional à redução.


Assim, em meio ao cenário mais competitivo no mercado brasileiro de computadores e os riscos apontados, as estimativas de Ebitda (geração operacional de caixa) também foram reduzidas. A previsão de margens Ebitda entre 9% e 11% passou a 6,5% em 2011 e 7,3% em 2012, já que é esperado que a companhia favoreça a manutenção de market share à melhora das margens.