quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Goldman Sachs destaca OGX e prevê lenta escalada das cotações de petróleo

Por: Equipe InfoMoney
18/08/10 - 06h52
InfoMoney


SÃO PAULO - Esperando uma lenta recuperação nas cotações de óleo bruto ao longo dos próximos doze meses, analistas do Goldman Sachs revisaram suas projeções para o setor, exibindo otimismo com as perspectivas das empresas brasileiras do setor. 

Arjun Murti e Joe Citarrella disseram que os preços do barril de petróleo devem continuar sua escalada durante os próximos meses, mas "respeitando as faixas de negociação esperadas em um ambiente onde o PIB (Produto Interno Bruto) global está desacelerando, mas uma recuperação em W é evitada".

Atenção
Conforme o verão no hemisfério norte, época reconhecida como ápice do consumo global de óleo bruto, chega ao fim, Murti e Citarrella pedem que investidores se atentem a alguns temas dentro do setor, como a situação da produção brasileira e a retomada do crescimento das empresas.

Os dois disseram estar especialmente otimistas em relação ao segmento de upstream, que engloba as atividades anteriores ao refino, como a exploração, desenvolvimento, transporte e produção. "Nós continuamos a esperar uma modesta recuperação cíclica nas margens de refino", explicam, projetando ainda fraqueza sazonal no segmento até o fim de 2010.

Brasil
Em uma análise mais focada no País, os dois analistas elegeram a OGX (OGXP3) e a Petrobras (PETR3, PETR4) como os principais destaques, com preferência para a primeira.

Com preço-alvo de R$ 24 para os próximos seis meses e recomedação de compra, a equipe do Goldman Sachs exalta o sucesso da campanha exploratória da OGX fora dos chamados "blocos de ouro" no sul da bacia de Campos, apresentando novas descobertas na bacia de Santos, de Parnaíba e na região norte de Campos.

Os ADRs ADR (American Depositary Receipt) da Petrobras, por sua vez, também recebem recomendação de compra, mas com um horizonte de longo de prazo, uma vez que, em um horizonte mais próximo, Arjun Murti e Joe Citarrella veem as ações prejudicadas pelas indefinições de sua capitalização. Os ADRs da estatal receberam um preço-alvo de US$ 47.