sexta-feira, 6 de agosto de 2010

BofA Merrill Lynch e Citi rebaixam recomendação para ações Oi

Por: Equipe InfoMoney
06/08/10 - 09h48
InfoMoney


SÃO PAULO - As equipes do Bank of America Merrill Lynch e do Citi cortaram suas sugestões e preço-alvo tanto para TNLP3 como para TNLP4.

A avaliação recai sobre a idéia de que seu mais novo acionista, a Portugal Telecom, deixará ainda mais complexa a estrutura acionária Oi, e de que a curto prazo pouca – ou nenhuma – será a apreciação de seus ativos.

“Apesar da boa gestão da Telemar Norte Leste, sólidos fluxos de caixa e múltiplos baixos, temos uma recomendação neutra sobre as ações preferenciais porque a sua estrutura proprietária é complexa e os interesses dos acionistas não parecem totalmente alinhados”, revelam Mauricio Fernandes, Lars Konrad e Rodrigo Villanueva, analistas que assinam o relatório do BofA.

Com esta avaliação, divulgam o novo preço-alvo projetado para os papéis TNLP4, o qual passou de R$ 35,00 a R$ 30,00 – upside (potencial de apreciação) de 19,04% -, com a já referida recomendação neutra. Já no caso dos ativos TNLP3, corte para R$ 33,00 – upside de 4,59% - e rebaixamento de sua recomendação para underperform.

Pouca atratividade
“Acreditamos que a transação com a Portugal Telecom auxilia pouco para melhorar a atratividade de um investimento no curto prazo”, comentam os analistas. Por fim, preveem uma queda nos dividendo após a entrada dos portugueses.

O pessimismo contagiou também a equipe do Citi, formada por James Rivett, Alexandre Garcia e Simon Weeden: “para nós, a PT poderá fazer muito pouco para elevar o desempenho operacional da Oi”. Com isso, o banco rebaixo sua recomendação para os ativos da companhia de “compra” para “neutra”.

Quanto aos preços-alvo, no caso das ações preferenciais, corte de R$ 40,00 para R$ 28,50 - updise de 13,09% -, enquanto os ativos ordinários foram rebaixados de R$ 50,00 para R$ 38,00 - upside de 20,44%.

Trava nos papéis
Para os analistas, a elevação no capital da companhia, pretendida na cifra de R$ 12 bilhões, não deverá receber o apoio dos minoritários da Oi. Além disso, preevem que “o anúncio do preço do negócio [com a PT] agirá como uma trava nas ações até a elevação do capital em dezembro de 2010”.

TIM?
Ainda no tocante aos R$ 12 bilhões, a equipe do Citi acredita “que a compra da TIM Brasil seria a única justificativa para aumentar o capital (e não investimentos em África ou América Latina), mas R$ 12 bilhões não são suficientes para assumir seu controle total”.