quinta-feira, 8 de julho de 2010

Spinelli traz seis novidades em sua carteira recomendada de julho


Por: Thiago C. S. Salomão
08/07/10 - 07h03
InfoMoney

SÃO PAULO – A Spinelli Corretora divulgou sua carteira recomendada para o mês de julho, listando 10 papéis que, na avaliação de seus analistas, terão desempenho diferenciado ao longo do período. Em relação ao portfólio de junho, a equipe da corretora optou por realizar seis modificações, mantendo apenas os papéis de Itaú Unibanco, CSN, Vale e OGX Petróleo na passagem mensal.


Dessa forma, foram retirados da lista sugestões os ativos de Banco ABC Brasil (ABCB4), CCR (CCRO3), Fibria (FIBR3), Localiza (RENT3), Lojas Americanas (LAME4) e MRV (MRVE3). Entraram no lugar as ações de Bic Banco, Cremer, Pão de Açúcar, GOL, Hering e Rossi.


Em junho, o portfólio recomendado pela Spinelli apresentou desempenho melhor que o Ibovespa, porém negativo. Ao final do sexto mês deste ano, a carteira teve baixa de 0,4% ante os 3,35% de queda apurada pelo benchmark. No acumulado dos últimos 12 meses, a lista de recomendações da corretora acumula variação positiva de 27,2%, frente à alta de 18,4% do índice paulista.


Empresa Código Preço-alvo Upside* Peso
Bic Banco BICB4 - - 8%
Cremer CREM3 R$ 25,09 33,5% 8%
CSN CSNA3 R$ 42,00 51,5% 10%
Pão de Açúcar PCAR5 - - 10%
Itaú Unibanco ITUB4 - - 10%
GOL GOLL4 - - 10%
Hering HGTX3 - - 8%
Rossi RSID3 - - 10%
OGX Petróleo OGXP3 - - 10%
Vale VALE5 - - 16%
*Calculado com base na cotação da última quarta-feira (7)
Bic Banco: Com o múltiplo Preço/Lucro corrente sendo negociado abaixo da média do setor e com um desempenho ruim nos últimos meses - sem grandes motivos, na visão dos analistas -, a corretora acredita que as ações da companhia são uma boa alternativa de investimento entre os bancos médios, tendo em visto sem desempenho histórico operacional.


Cremer: Os bons fundamentos operacionais principalmente no segmento de produtos descartáveis para a saúde, o processo de otimização de sua estrutura de capital e o elevado dividend pay out sustentam o otimismo da corretora em relação às ações da companhia.


CSN: Segundo a corretora, a companhia segue como a principal indicação em siderurgia, devendo apresentar nos próximos trimestres uma combinação de preços melhores com volumes maiores, "em que pesem os recentes reajustes dos produtos siderúrgicos no mercado interno e o ramp-up da mina Casa de Pedra para 40 milhões de toneladas anuais, previsto para julho".


Pão de Açúcar: A aposta da corretora nas ações do Pão do Açúcar reflete suas perspectivas otimistas em relação à fusão com a Casas Bahia, esperando que os novos assuntos acordados resultem em ganhos de sinergia e economia de escala.


Itaú Unibanco: A Spinelli aponta que os dados de crédito publicados pelo Banco Central revelam que os fundamentos do setor continuam sólidos. Neste sentido, a corretora acredita que em julho as ações da instituição devem apresentar melhor desempenho do que o benchmark, dado que o setor financeiro não teve boa performance em junho.


GOL: Além da melhora apresentada em seus resultados operacionais recentes, a corretora espera ver evolução tanto no preço das tarifas quanto na demanda. Ademais, a proposta referente à permissão de aumento da participação de estrangeiros no capital de empresas do transporte aéreo, a ser votada pelo Congresso em agosto, poderá abrir a possibilidade da empresa buscar novos parceiros estratégicos.


Hering: A Spinelli acredita que os resultados do segundo trimestre da companhia mantenham a força dos números apresentados nos primeiros três meses do ano, impulsionado a cotação de seus papéis.


Rossi: A corretora acredita que as ações das companhias de construção civil deverão apresentar um resultado positivo no segundo semestre, após um "péssimo desempenho" relatado ao longo dos primeiros seis meses do ano. "Tal alta pode ser sustentada não somente pelos drivers positivos como o elevado déficit habitacional, a demanda reprimida na baixa renda e a melhora no cenário econômico, mas também pela aparente ausência de fatores negativos nos próximos meses como os que afetaram as ações do setor no início de 2010", afirmam os analistas, que optaram pela Rossi por conta de suas boas vendas contratadas.


OGX Petróleo: O "elevado sucesso" que a companhia tem apresentado em suas campanhas exploratórias e a perspectiva da continuidade do fluxo positivo de notícias em relação à isso são os principais fatores que influenciaram os analistas na recomendação das ações da OGX para este mês de julho. 


Vale: Além das mudanças cambiais da China em junho, que poderá repercutir positivamente nas exportações da mineradora, a corretora destaca a fraca performance das ações no último mês. "Para o futuro, entendemos que a companhia é a melhor posicionada para atender o crescimento da demanda mundial por minério de ferro, seja pela qualidade e dimensão de seu portfólio de projetos, seja pelas restrições à expansão das atividades de seus principais concorrentes", disse.