Por: Thiago C. S. Salomão
26/07/10 - 16h17
InfoMoney
26/07/10 - 16h17
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SÃO PAULO - Em meio aos acontecimentos envolvendo o setor petrolífero brasileiro em 2010 e diante das performances distintas das ações dessas companhias na bolsa, o Citigroup revisou suas projeções para as empresas do segmento presentes em seu universo de cobertura. Dentre as mudanças, a principal delas foi a recomendação dos papéis da OGX (OGXP3), que foi elevada para compra. O preço-alvo esperado para os próximos 12 meses também foi elevado, indo de R$ 22 para R$ 26,63.
"Estamos otimistas em relação aos preços da commodity e temos uma visão em geral favorável para o setor no Brasil", explicam os analistas Pedro Medeiros e Felipe Jiman Koh. Apesar de também reiterarem a sugestão de compra tanto para os papéis ON quanto PN da Petrobras ( PETR3, PETR4), a dupla de analistas mostra-se mais favorável à OGX, acreditando que os valuations atuais da companhia de Eike Batista dão possibilidade para um forte potencial de valorização.
Segundo Medeiros e Koh, se levarmos em consideração apenas a média do potencial já descoberto pela companhia - que gira em torno de 2,6 bilhões e 5,5 bilhões boe (barris de óleo equivalente) -, os ativos OGXP3 estariam atualmente precificados em R$ 14,70. Diante dessa projeção, os especialistas do Citi afirmam que comprar a ação da companhia agora significaria adquirir o potencial da área restante a ser explorada - com potencial de 17,9 bilhões boe - praticamente "de graça".
"Devido ao seu percentual de sucesso (em suas perfurações), sua competência de gestão e as boas perspectivas em seu portfólio, nós defendemos que o downside é limitado e o potencial de alta é maior", afirma a dupla, que também sustenta sua visão otimista em cima de seu horizonte favorável para os preços do petróleo no longo prazo e da possibilidade de explorações em outras regiões, tanto no País quanto no exterior.
Petrobras
O banco norte-americano não diminui o potencial existente nas ações da Petrobras. Para Medeiros e Koh, a estatal segue como a empresa mais completa do setor, com um portfólio de atuação diversificado e com bom potencial para novas explorações. No entanto, o otimismo esbarra nas indecisões acerca do processo capitalização da empresa e das decisões a serem tomadas acerca do pré-sal. "Embora ainda enxergamos o Petrobras fortemente exposta à exploração, acreditamos que dentro dos próximos 12 meses o principal tema deverá continuar em torno das operações envolvendo a região do pré-sal, seus aspectos econômicos subjacentes e os riscos de crescimento da produção", enfatizam os analistas.
Dessa forma, eles acreditam que a possibilidade de overhang causada pela oferta de ações da empresa, esperada para acontecer em setembro, continue pressionando seus papéis na bolsa. Vale mencionar que, ao longo de 2010, tanto as ações ordinárias da empresa quanto as preferenciais acumulam perdas de mais de 20% - ao passo que os ativos da OGX registram ganhos em torno de 10%.
Lupatech
Se o call do Citigroup mostra-se favorável para o segmento de exploração de petróleo, o mesmo não pode ser visto para as empresas fabricantes de equipamentos utilizados pelas petrolíferas, segmento de atuação da Lupatech (LUPA3). Com uma perspectiva mais cautelosa, os analistas recomendaram "hold" (manter) aos ativos da companhia. Já o preço-alvo esperado para os próximos 12 meses foi revisado de R$ 29 para R$ 26.
Para eles, uma recomendação mais otimista só seria possível se o cenário de recuperação da demanda do setor se mostrasse mais evidente. Além disso, a dupla de especialistas do banco acredita que os ativos da Lupatech apresentam um upside pequeno em relação aos seus pares. Por fim, a evolução esperada nas receitas líquidas da empresa também ajudam a limitar a recomendação.
"Devido ao seu percentual de sucesso (em suas perfurações), sua competência de gestão e as boas perspectivas em seu portfólio, nós defendemos que o downside é limitado e o potencial de alta é maior", afirma a dupla, que também sustenta sua visão otimista em cima de seu horizonte favorável para os preços do petróleo no longo prazo e da possibilidade de explorações em outras regiões, tanto no País quanto no exterior.
Petrobras
O banco norte-americano não diminui o potencial existente nas ações da Petrobras. Para Medeiros e Koh, a estatal segue como a empresa mais completa do setor, com um portfólio de atuação diversificado e com bom potencial para novas explorações. No entanto, o otimismo esbarra nas indecisões acerca do processo capitalização da empresa e das decisões a serem tomadas acerca do pré-sal. "Embora ainda enxergamos o Petrobras fortemente exposta à exploração, acreditamos que dentro dos próximos 12 meses o principal tema deverá continuar em torno das operações envolvendo a região do pré-sal, seus aspectos econômicos subjacentes e os riscos de crescimento da produção", enfatizam os analistas.
Dessa forma, eles acreditam que a possibilidade de overhang causada pela oferta de ações da empresa, esperada para acontecer em setembro, continue pressionando seus papéis na bolsa. Vale mencionar que, ao longo de 2010, tanto as ações ordinárias da empresa quanto as preferenciais acumulam perdas de mais de 20% - ao passo que os ativos da OGX registram ganhos em torno de 10%.
Lupatech
Se o call do Citigroup mostra-se favorável para o segmento de exploração de petróleo, o mesmo não pode ser visto para as empresas fabricantes de equipamentos utilizados pelas petrolíferas, segmento de atuação da Lupatech (LUPA3). Com uma perspectiva mais cautelosa, os analistas recomendaram "hold" (manter) aos ativos da companhia. Já o preço-alvo esperado para os próximos 12 meses foi revisado de R$ 29 para R$ 26.
Para eles, uma recomendação mais otimista só seria possível se o cenário de recuperação da demanda do setor se mostrasse mais evidente. Além disso, a dupla de especialistas do banco acredita que os ativos da Lupatech apresentam um upside pequeno em relação aos seus pares. Por fim, a evolução esperada nas receitas líquidas da empresa também ajudam a limitar a recomendação.