terça-feira, 15 de junho de 2010

Bradesco inicia cobertura da Julio Simões com recomendação "outperform"

Por: Equipe InfoMoney
15/06/10 - 16h34
InfoMoney


SÃO PAULO - Iniciando a cobertura das ações da Julio Simões (JSLG3), a Bradesco Corretora incorporou a elas a recomendação "outperform", ou seja, eles esperam que os papéis da companhia apresentem um desempenho no mínimo 10% acima do Ibovespa num intervalo de 12 meses. O preço-alvo esperado no final desse período, de R$ 14, indica um upside de 73,9% em relação à cotação de fechamento da última segunda-feira (14).

Os papéis da companhia, que estrearam na bolsa brasileira no final de abril, estão atualmente negociados com um leve desconto em relação aos seus principais pares nacionais e internacionais, afirma o analista do banco, Edigimar Maximiliano. Além disso, ele destaca a posição de liderança da empresa no ramo de prestação de serviços logísticos em termos de receitas com transporte rodoviário.

Além da forte exposição ao cenário doméstico, a Julio Simões ganha destaque por seu portfólio diversificado de clientes, já que os 10 principais clientes da companhia são responsáveis por menos de 40% de suas receitas, diz Maximiliano. Ademais, ela atende importantes corporações, como por exemplo a Petrobras.

Horizonte promissor"Olhando para frente, nós esperamos que a companhia mantenha o mesmo ritmo de expansão visto nos anos anteriores tanto na sua base de clientes quanto no volume transportado", prevê o especialista do Bradesco, apostando no "know how" da companhia e em sua posição consolidada no setor para que esse crescimento aconteça, seja ele orgânico ou por meio de aquisições.

Por fim, os programas de investimentos em infraestutura do governo federal também deverão auxiliar nessa trajetória. Segundo o analista, cerca de R$ 77 bilhões deverão ser investidos pelo governo para melhorar a qualidade das rodovias brasileiras ao longo dos próximos 15 anos.

Riscos
Contudo, o especialista do Bradesco aponta alguns eventos que podem trazer riscos ao investimento. Por ser muito exposta à economia doméstica, uma retração no crescimento do País prejudicaria diretamente o desempenho da empresa, diz Maximiliano. Além disso, outros fatores, como uma apreciação da moeda brasileira ou o aumento da competitividade no setor podem deteriorar os resultados futuros da Julio Simões.


Por fim, uma possível dificuldade da companhia em renovar os contratos com seus consumidores, que deverão expirar nos próximos anos, também é considerado um risco para seu desempenho futuro, conclui o analista.