12/05/10 - 11h30
InfoMoney
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SÃO PAULO - Repetindo o resultado dos últimos quatro meses, a Vale manteve a liderança nas carteiras recomendadas para o mês de maio. Entretanto, o segundo lugar voltou a ser ocupado pela Petrobras, que havia sido ultrapassada pela Gerdau em abril nas recomendações dos analistas. Os ativos da estatal voltaram ao lugar de costume, visto que geralmente se alternam com os da Vale nas duas primeiras posições. Os papéis da siderúrgica Gerdau, por sua vez, ficaram em terceiro lugar.
As carteiras consideradas este mês, que incluíram bancos e corretoras, foram: Itaú, Brascan, Link Investimentos, Souza Barros, Socopa, Spinelli, XP Investimentos, BB Investimentos, Win Trade, Omar Camargo, Ágora, Senso, Banif, Coinvalores, Ativa, Bradesco, Planner, SLW, PAX, Geração Futuro, Amaril Franklin e Fator.
Resultados norteiam recomendações
Os ativos preferenciais da Vale seguem como preferidos dos analistas para maio, com 21 recomendações entre 22 carteiras compiladas. Vale destacar que, em abril, a mineradora havia conquistado 19 recomendações entre 23 carteiras compiladas. Os resultados do primeiro trimestre mantiveram a empresa em foco nas últimas semanas e servem como base de grande parte das recomendações. O noticiário envolvendo a mineradora incluiu ainda a mudança nos métodos de negociação do preço do minério de ferro.
Entre janeiro e março deste ano, a Vale reportou lucro líquido de R$ 2,879 bilhões - 6,3% a mais do que o visto nos 3 últimos meses de 2009, e uma queda de 8,6% na comparação anual. Já a receita operacional líquida da mineradora somou R$ 12,583 bilhões no período - queda de 2,6% na comparação anual, e alta de 7,7% na passagem trimestral.
Por sua vez, o Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia veio em R$ 5,385 bilhões, queda de 1,2% na passagem anual e alta de 44,8% na trimestral. “O Ebitda foi quase todo gerado pelo segmento de minerais ferrosos, cuja participação aumentou de 91,5% no 4T09 para 92,9% 1T10”, explicou a mineradora em comunicado.
O desempenho, considerado pela mineradora como “sólido”, ainda não trouxe reflexos da forte alta do minério de ferro acertada no início de abril. Os números também foram recebidos positivamente pelos analistas. "O freio na recuperação ocorrido no quarto trimestre dá lugar, novamente, a uma recuperação sustentável dos resultados. Em nossa visão, os fundamentos da empresa e do setor continuam positivos e justificando continuidade da expansão. Colocamos o preço da Vale em revisão mas continuamos com recomendação de compra", afirmou o analista Antônio Emílio Bittencourt Ruiz, do BB Investimentos.
Para os analistas Rodolfo de Angele e Mandeep Manihani, do JPMorgan, os custos da mineradora foram menores devido à desvalorização do real, às menores despesas com manutenção e à redução dos dispêndios com pessoal. “Além disso, o Ebitda ajustado (geração operacional de caixa ajustada por itens não recorrentes) cresceu 35% na base trimestral para R$ 2,978 bilhões”, completam os analistas, que se surpreenderam positivamente com o número, 13% acima do que previam.
O novo sistema de preços do minério de ferro, que impactará os próximos resultados da mineradora, já começam a ser considerados nas análises da companhia. O JPMorgan avalia a questão, a começar neste segundo trimestre, no qual haverá aumento de 90% em relação aos preços vigentes no último ano e avanço de 65% na comparação com os praticados nos três primeiros meses de 2010.
“Cada 10% de aumento significa mais US$ 1 bilhão no Ebitda anual”, estimam os analistas, que listam recomendação overweight (alocação acima da média do portfólio) para os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale, com preço-alvo de US$ 45 cada.
Petrobras reassume segundo lugar
Reassumindo a segunda posição no ranking, os papéis da Petrobras receberam 12 recomendações em maio. Para a estatal, as boas perspectivas decorrem do agitado noticiário sobre a companhia, que inclui venda de ativos, capitalização e recorde de produção.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) deve anunciar em breve a avaliação sobre a vazão do poço ANP 1, primeiro poço da cessão onerosa da Petrobras. O diretor geral da ANP, Haroldo Lima, revelou na última semana que as reservas provenientes do ANP 1, localizado na Bacia de Santos, não devem ser suficientes para atender os 5 bilhões de barris estipulados pela agência, havendo a necessidade de uma nova perfuração para atingir o mínimo requisitado para o processo de capitalização com cessão onerosa.
Segundo o diretor, ocorreram atrasos nas estimativas devido à opção de traçar cenários diferentes para a taxa de recuperação de óleo, trazendo muitas dúvidas ao mercado nos últimos meses.
As pequenas possíveis mudanças que poderão acontecer no processo de capitalização da Petrobras também nortearam as recomendações. Em relatório recente, a atenção dos analistas Gustavo Gattass, Pedro Medeiros e Rafael Fonseca, do BTG Pactual, se voltou não para a possibilidade do aumento de capital mesmo sem a cessão onerosa, mas sim para a oferta de ações – que prevê abrir a subscrição das sobras a qualquer interessado, com prioridade de exercício para os acionistas.
“Parece ser o caminho certo para a Petrobras, maximizando participação de investidores no negócio. Mas traz um menor potencial de apreciação para os ativos no curto prazo”, aponta o BTG Pactual. Para os analistas, a informação foi um balde de água fria, já que recentes informações positivas poderiam ter levado as ações a um rali. Apesar do curto prazo não parecer animador, os analistas do BTG mantiveram a recomendação de compra para 12 meses e elevaram as estimativas de lucro estimado por ADR (American Depositary Receipt) pré-capítalização, de US$ 3,47 para US$ 4,58.
O preço-alvo dos ADRs também foi elevado de US$ 50 para US$ 61 – também estimado para antes da capitalização. Este novo target para os ADRs equivale a um preço-alvo de 12 meses em R$ 53 por ação. “Continuamos confiantes de que a história de 12 meses para os ativos é mais forte do que o mercado vê agora. Mas com uma capitalização baseada em bookbuilding, comprar os ativos no aumento de capital pode ser o melhor caminho”, concluíram.
O noticiário da Petrobras também inclui o anúncio de que sua subsidiária Petrobras Energia venderá de ativos de refino e distribuição na Argentina, por aproximadamente US$ 110 milhões. Dessa forma, a Oil Combustibles irá comprar “uma refinaria situada em San Lorenzo, província de Santa Fé; uma unidade fluvial; e a rede de comercialização de combustíveis vinculada a essa refinaria, composta por 360 postos de venda e clientes atacadistas associados”, por um valor de US$ 36 milhões. Além disso, a Petrobras Energia venderá para a Oil Combustibles os estoques de petróleo e outros produtos, na data de fechamento do negócio, por um preço estimado de US$ 74 milhões, segundo informou a estatal.
Além disso, após anunciar um projeto de produção de biodiesel em Portugal, a Petrobras informou ao mercado que irá realizar um novo projeto para produzir o combustivel a partir de óleo de palma, desta vez no Pará. Segundo a companhia, será construída uma usina de biodiesel no estado, com capacidade de produção de 120 milhões de litros por ano, com início de operação estimado para julho de 2013. O projeto prevê a instalação de dois complexos industriais de extração do óleo de palma, incluindo esmagadoras e unidade de cogeração de energia elétrica. Os planos da Petrobras são de investir um total de R$ 330 milhões no empreendimento.
Por fim, os analistas repercutiram positivamente os dados operacionais de abril, divulgados pela empresa recentemente. No último mês, a Petrobras registrou um novo recorde de produção de petróleo, tendo sido produzidos 2.033 mil barris da commodity por dia durante o quarto mês deste ano, 29 mil barris a mais que os 2.004 mil detidos pelo recorde anterior, de setembro do ano passado.
"Esses resultados decorreram, entre outros fatores, do bom desempenho operacional das plataformas localizadas no litoral dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com destaque para a interligação de novos poços ao FPSO Cidade de Vitória, no campo de Golfinho (ES), da entrada em operação de novos poços no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos (RJ), e do início do Teste de Longa Duração (TLD) de Tiro, na Bacia de Santos, em 19 de março", explicou a estatal.
Gerdau volta à terceira colocação
A Gerdau completa o pódio do mês de maio, com 9 recomendações para seus ativos preferenciais. Para este mês, as perspectivas positivas decorrem da divulgação de resultados e do cenário favorável ao setor de siderurgia no Brasil. Entre janeiro e março deste ano, o lucro líquido da Gerdau apresentou forte alta na comparação anual, passando para R$ 573 milhões, ante os R$ 35 milhões registrados no mesmo período de 2009. A receita líquida ficou em R$ 7,108 bilhões, frente aos R$ 6,968 bilhões reportados nos três primeiros meses do ano passado. Já o Ebitda totalizou R$ 1,401 bilhão, contra R$ 599 milhões.
"A Gerdau obteve um bom resultado no primeiro trimestre de 2010. A pausa na recuperação ocorrida no 4T09 deu lugar para evolução da produção e das vendas. Os menores preços médios praticados tiveram um efeito negativo mas não ofuscaram o desempenho da empresa", destacou o analista Antônio Emílio Bittencourt Ruiz, do BB Investimentos.
Já os analistas Pedro Montenegro e Rodrigo Ferraz, da Brascan Corretora, destacam que o setor segue com boas perspectivas e as operações da Gerdau na América do Norte devem apresentar melhora em breve. "Os efeitos do pacote de infraestrutura do governo dos EUA ainda não impactaram os números da empresa e podem levar uma maior recuperação no segundo semestre deste ano", disseram. "As perspectivas de demanda para o segmento são excelentes para os próximos anos, dada a expectativa de fortes investimentos relacionados à infraestrutura, ao Minha Casa, Minha Vida, à Copa do Mundo, às Olimpíadas e ao pré-sal", completaram.
As carteiras consideradas este mês, que incluíram bancos e corretoras, foram: Itaú, Brascan, Link Investimentos, Souza Barros, Socopa, Spinelli, XP Investimentos, BB Investimentos, Win Trade, Omar Camargo, Ágora, Senso, Banif, Coinvalores, Ativa, Bradesco, Planner, SLW, PAX, Geração Futuro, Amaril Franklin e Fator.
Resultados norteiam recomendações
Os ativos preferenciais da Vale seguem como preferidos dos analistas para maio, com 21 recomendações entre 22 carteiras compiladas. Vale destacar que, em abril, a mineradora havia conquistado 19 recomendações entre 23 carteiras compiladas. Os resultados do primeiro trimestre mantiveram a empresa em foco nas últimas semanas e servem como base de grande parte das recomendações. O noticiário envolvendo a mineradora incluiu ainda a mudança nos métodos de negociação do preço do minério de ferro.
Entre janeiro e março deste ano, a Vale reportou lucro líquido de R$ 2,879 bilhões - 6,3% a mais do que o visto nos 3 últimos meses de 2009, e uma queda de 8,6% na comparação anual. Já a receita operacional líquida da mineradora somou R$ 12,583 bilhões no período - queda de 2,6% na comparação anual, e alta de 7,7% na passagem trimestral.
Por sua vez, o Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia veio em R$ 5,385 bilhões, queda de 1,2% na passagem anual e alta de 44,8% na trimestral. “O Ebitda foi quase todo gerado pelo segmento de minerais ferrosos, cuja participação aumentou de 91,5% no 4T09 para 92,9% 1T10”, explicou a mineradora em comunicado.
Ação | Recomendações |
---|---|
Vale | 21 |
Petrobras | 12 |
Gerdau | 9 |
CSN | 9 |
OGX | 7 |
Lojas Renner | 7 |
Usiminas | 6 |
Itaú Unibanco | 6 |
Duratex | 6 |
Bradesco | 6 |
O desempenho, considerado pela mineradora como “sólido”, ainda não trouxe reflexos da forte alta do minério de ferro acertada no início de abril. Os números também foram recebidos positivamente pelos analistas. "O freio na recuperação ocorrido no quarto trimestre dá lugar, novamente, a uma recuperação sustentável dos resultados. Em nossa visão, os fundamentos da empresa e do setor continuam positivos e justificando continuidade da expansão. Colocamos o preço da Vale em revisão mas continuamos com recomendação de compra", afirmou o analista Antônio Emílio Bittencourt Ruiz, do BB Investimentos.
Para os analistas Rodolfo de Angele e Mandeep Manihani, do JPMorgan, os custos da mineradora foram menores devido à desvalorização do real, às menores despesas com manutenção e à redução dos dispêndios com pessoal. “Além disso, o Ebitda ajustado (geração operacional de caixa ajustada por itens não recorrentes) cresceu 35% na base trimestral para R$ 2,978 bilhões”, completam os analistas, que se surpreenderam positivamente com o número, 13% acima do que previam.
O novo sistema de preços do minério de ferro, que impactará os próximos resultados da mineradora, já começam a ser considerados nas análises da companhia. O JPMorgan avalia a questão, a começar neste segundo trimestre, no qual haverá aumento de 90% em relação aos preços vigentes no último ano e avanço de 65% na comparação com os praticados nos três primeiros meses de 2010.
“Cada 10% de aumento significa mais US$ 1 bilhão no Ebitda anual”, estimam os analistas, que listam recomendação overweight (alocação acima da média do portfólio) para os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale, com preço-alvo de US$ 45 cada.
Petrobras reassume segundo lugar
Reassumindo a segunda posição no ranking, os papéis da Petrobras receberam 12 recomendações em maio. Para a estatal, as boas perspectivas decorrem do agitado noticiário sobre a companhia, que inclui venda de ativos, capitalização e recorde de produção.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) deve anunciar em breve a avaliação sobre a vazão do poço ANP 1, primeiro poço da cessão onerosa da Petrobras. O diretor geral da ANP, Haroldo Lima, revelou na última semana que as reservas provenientes do ANP 1, localizado na Bacia de Santos, não devem ser suficientes para atender os 5 bilhões de barris estipulados pela agência, havendo a necessidade de uma nova perfuração para atingir o mínimo requisitado para o processo de capitalização com cessão onerosa.
Segundo o diretor, ocorreram atrasos nas estimativas devido à opção de traçar cenários diferentes para a taxa de recuperação de óleo, trazendo muitas dúvidas ao mercado nos últimos meses.
As pequenas possíveis mudanças que poderão acontecer no processo de capitalização da Petrobras também nortearam as recomendações. Em relatório recente, a atenção dos analistas Gustavo Gattass, Pedro Medeiros e Rafael Fonseca, do BTG Pactual, se voltou não para a possibilidade do aumento de capital mesmo sem a cessão onerosa, mas sim para a oferta de ações – que prevê abrir a subscrição das sobras a qualquer interessado, com prioridade de exercício para os acionistas.
“Parece ser o caminho certo para a Petrobras, maximizando participação de investidores no negócio. Mas traz um menor potencial de apreciação para os ativos no curto prazo”, aponta o BTG Pactual. Para os analistas, a informação foi um balde de água fria, já que recentes informações positivas poderiam ter levado as ações a um rali. Apesar do curto prazo não parecer animador, os analistas do BTG mantiveram a recomendação de compra para 12 meses e elevaram as estimativas de lucro estimado por ADR (American Depositary Receipt) pré-capítalização, de US$ 3,47 para US$ 4,58.
O preço-alvo dos ADRs também foi elevado de US$ 50 para US$ 61 – também estimado para antes da capitalização. Este novo target para os ADRs equivale a um preço-alvo de 12 meses em R$ 53 por ação. “Continuamos confiantes de que a história de 12 meses para os ativos é mais forte do que o mercado vê agora. Mas com uma capitalização baseada em bookbuilding, comprar os ativos no aumento de capital pode ser o melhor caminho”, concluíram.
O noticiário da Petrobras também inclui o anúncio de que sua subsidiária Petrobras Energia venderá de ativos de refino e distribuição na Argentina, por aproximadamente US$ 110 milhões. Dessa forma, a Oil Combustibles irá comprar “uma refinaria situada em San Lorenzo, província de Santa Fé; uma unidade fluvial; e a rede de comercialização de combustíveis vinculada a essa refinaria, composta por 360 postos de venda e clientes atacadistas associados”, por um valor de US$ 36 milhões. Além disso, a Petrobras Energia venderá para a Oil Combustibles os estoques de petróleo e outros produtos, na data de fechamento do negócio, por um preço estimado de US$ 74 milhões, segundo informou a estatal.
Além disso, após anunciar um projeto de produção de biodiesel em Portugal, a Petrobras informou ao mercado que irá realizar um novo projeto para produzir o combustivel a partir de óleo de palma, desta vez no Pará. Segundo a companhia, será construída uma usina de biodiesel no estado, com capacidade de produção de 120 milhões de litros por ano, com início de operação estimado para julho de 2013. O projeto prevê a instalação de dois complexos industriais de extração do óleo de palma, incluindo esmagadoras e unidade de cogeração de energia elétrica. Os planos da Petrobras são de investir um total de R$ 330 milhões no empreendimento.
Por fim, os analistas repercutiram positivamente os dados operacionais de abril, divulgados pela empresa recentemente. No último mês, a Petrobras registrou um novo recorde de produção de petróleo, tendo sido produzidos 2.033 mil barris da commodity por dia durante o quarto mês deste ano, 29 mil barris a mais que os 2.004 mil detidos pelo recorde anterior, de setembro do ano passado.
"Esses resultados decorreram, entre outros fatores, do bom desempenho operacional das plataformas localizadas no litoral dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com destaque para a interligação de novos poços ao FPSO Cidade de Vitória, no campo de Golfinho (ES), da entrada em operação de novos poços no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos (RJ), e do início do Teste de Longa Duração (TLD) de Tiro, na Bacia de Santos, em 19 de março", explicou a estatal.
Gerdau volta à terceira colocação
A Gerdau completa o pódio do mês de maio, com 9 recomendações para seus ativos preferenciais. Para este mês, as perspectivas positivas decorrem da divulgação de resultados e do cenário favorável ao setor de siderurgia no Brasil. Entre janeiro e março deste ano, o lucro líquido da Gerdau apresentou forte alta na comparação anual, passando para R$ 573 milhões, ante os R$ 35 milhões registrados no mesmo período de 2009. A receita líquida ficou em R$ 7,108 bilhões, frente aos R$ 6,968 bilhões reportados nos três primeiros meses do ano passado. Já o Ebitda totalizou R$ 1,401 bilhão, contra R$ 599 milhões.
"A Gerdau obteve um bom resultado no primeiro trimestre de 2010. A pausa na recuperação ocorrida no 4T09 deu lugar para evolução da produção e das vendas. Os menores preços médios praticados tiveram um efeito negativo mas não ofuscaram o desempenho da empresa", destacou o analista Antônio Emílio Bittencourt Ruiz, do BB Investimentos.
Já os analistas Pedro Montenegro e Rodrigo Ferraz, da Brascan Corretora, destacam que o setor segue com boas perspectivas e as operações da Gerdau na América do Norte devem apresentar melhora em breve. "Os efeitos do pacote de infraestrutura do governo dos EUA ainda não impactaram os números da empresa e podem levar uma maior recuperação no segundo semestre deste ano", disseram. "As perspectivas de demanda para o segmento são excelentes para os próximos anos, dada a expectativa de fortes investimentos relacionados à infraestrutura, ao Minha Casa, Minha Vida, à Copa do Mundo, às Olimpíadas e ao pré-sal", completaram.