quarta-feira, 7 de abril de 2010

Para corretoras, reajuste para baixo das tarifas não trará impacto a CPFL e Cemig

Por: Equipe InfoMoney
07/04/10 - 12h01
InfoMoney


SÃO PAULO - Diante do anúncio feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre o reajuste tarifário anual das tarifas de diversas distribuidoras, a Bradesco Corretora e a Ativa destacam que a contração nos valores, tanto para subsidiária da Cemig (CMIG4) quanto para a controlada da CPFL Energia (CPFE3), não trarão impacto significativo às ações.

O referido reajuste determinou redução média de 1,48% na tarifa da Cemig Distribuição, enquanto para a CPFL Paulista a redução das tarifas foi ainda maior, de 5,69% na média.

De acordo com a Ativa, o "fato pode ser atribuído, em grande parte, à queda do dólar, que diminui os gastos com a compra de energia da usina de Itaipu, que possui reajuste determinado pela variação da moeda estrangeira".

Ativa: contração já aguardada
A Ativa julga que o fato é neutro para ambas as companhias, avaliando que o anúncio foi em linha com o esperado. “O reajuste vem dentro da expectativa do mercado que já previa reajuste negativos devido à variação cambial negativa e à variação dos índices de preços próximo de zero em 2009”.

Bradesco: lucratividade inabalada 
Do mesmo modo, os analistas Vladimir Pinto e Marcelo Sá, da Bradesco Corretora, não acreditam que os reajustes deste ano devem trazer grande impacto ao setor. “Não deve haver mudanças significativas na lucratividade das companhias, já que o propósito do reajuste é repercutir os custos não-controláveis”, justificam.

Ademais, eles lembram que este reajuste aplica, pela primeira vez, as recentes mudanças na metodologia de cálculo, “destinadas a reduzir o impacto das discrepâncias entre o crescimento estimado e real do volume de consumo”.