sexta-feira, 26 de março de 2010

BOLSA ENSAIA REAÇÃO, PUXADA POR SOCORRO À GRÉCIA E COMMODITIES

São Paulo, 26 - Mais uma vez, a Bovespa deve operar a reboque do mercado internacional, que segue sendo pautado pela Grécia. A decisão dos líderes europeus em socorrer a Grécia, junto com o FMI, elimina o risco de d default no curto prazo, mas não afasta o medo de espalhamento da crise fiscal a outros países da região, especialmente depois que Portugal teve o seu rating soberano rebaixado. Isso explica o comportamento cauteloso das bolsas europeias, com os investidores em busca de maiores detalhes sobre esse plano de resgate.

Mas a Bovespa, que ontem caiu 0,68%, perdendo novamente os 69 mil pontos, mostra uma leve reação positiva na abertura, influenciada pelos ganhos modestos dos índices futuros em Nova York e pelo avanço das commodities, na esteira do fortalecimento do euro frente ao dólar por causa do acordo sobre uma ajuda à Grécia. Mas, com exceção do níquel, que mostra alta mais intensa por conta de compras técnicas, os demais metais se mantêm dentro das faixas mais estreitas de oscilação. O Ibovespa subia 0,17% logo após a abertura, aos 68.559 pontos.

O PIB final do quarto trimestre divulgado há pouco nos EUA veio praticamente em linha com o esperado e não chegou a alterar o ânimo dos investidores e as bolsas seguem o mesmo ritmo de antes do dado. A economia norte-americana cresceu a uma taxa anualizada de 5,6% no quarto trimestre, ante estimativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones de expansão de 5,8% da economia. Agora, falta sair nos EUA o índice do sentimento do consumidor de Michigan de março, que poder definir melhor o rumo dos negócios nesta sexta-feira de agenda fraca no Brasil.

O mercado aqui continuar atento à movimentação com os papéis de Petrobras, que ontem caíram mais de 2%, e de Vale, que no final da jornada perdeu o fôlego e fechou em baixa - ON recuou 0,72% e a PNA, -0,68%.
(Sueli Campo)

Fonte: AE BRoadcast