24/02/11 - 15h12
InfoMoney
SÃO PAULO – O Banco Santander retomou a cobertura da CCR (CCRO3) com opinião muito positiva a respeito da empresa e o momento pelo qual ela passa. O banco projeta um preço alvo de R$ 54,00 para a concessionária, o que representa um potencial de valorização de 17,26% ante ao fechamento da quarta-feira (23).
Bons ativosA boa visão de Caio Dias, analista do Santander, tem como base a carteira de concessões que a CCR atualmente possui, com destaque para AutoBan, ligação entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas e a NovaDutra, principal ligação entre as duas principais cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro. ViaOeste, SPVias e Rodoanel (Trecho Oeste) também são importantes ligações entre a capital paulista e o interior do estado operadas pela CCR.
Embora apenas 10% dos usuários da NovaDutra realmente paguem pelo serviço, a taxa média de captura nas rodovias da empresa varia entre 40% a 50%. Vale destacar que os reajustes tarifários previstos nos contratos de concessão protegem a empresa ante a erosão dos lucros devido à inflação.
Novas empreitadasA empresa também se envolve em outros três negócios promissores: A STP (Serviços e Tecnologia de Pagamentos), a ViaQuatro e a Controlar.
Os 38,25% de participação na STP, empresa que presta serviços de cobrança de pedágio para concessionárias de rodovias pedagiadas, são promissores, uma vez que, durante os cinco últimos anos, a STP viu sua receita crescer consistentemente a taxas anuais de 35%, o que tende a continuar, devido à baixa infiltração da STP (apenas 7% a 8% da atual frota brasileira) e a perspectiva de que a frota brasileira cresça ainda mais, de acordo com o Santander.
A ViaQuatro já possui a concessão para operar e manter a linha amarela do Metrô de São Paulo, que deverá transportar 770.000 passageiros por dia na primeira frase de operação, número que deve gradualmente aumentar até os 2 milhões esperados.
Por fim, a Controlar, empresa de inspeções veiculares ambientais, situada na cidade de São Paulo, deverá ter a demanda aumentada conforme cresçe a frota da cidade ou as tarifas para veículos em situação irregular. É possível também que a inspeção se espalhe para todo o Estado de São Paulo, o que deverá fortalecer esse tipo de negócio, na opinião do banco.
Bom cenárioO Santander destaca também o bom cenário brasileiro, uma vez que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) acredita que, para manter o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 5% ao ano, os investimentos em rodovia deverão saltar de R$ 30 bilhões (referentes ao período de 2006-2009) para R$ 51 bilhões entre 2010 e 2014.
Os eventos esportivos a serem realizados, Copa do Mundo e Olimpíadas, deverão também produzir investimentos de R$ 48 bilhões e R$ 29 bilhões, respectivamente, em infraestrutura.
A estrutura regulatória do setor de rodovias pedagiadas também é sólida, já contestada diversas vezes em tribunal, e sempre os termos dos contratos originais foram mantidos.
Por último, as ações da CCR são negociadas com desconto frente aos principais players internacionais do setor e em linha com os pares nacionais. Na avaliação do Santander, no entanto, a empresa mereceria um prêmio, por causa da maior liquidez e da capacidade de participar de novos investimentos.
RiscosTodavia, o Santander acredita que o acirramento da concorrência poderá trazer riscos à empresa, uma vez que em futuros leilões poderá haver pagamentos acima do valor justo, ocasionado pela competição com outras empresas.
Outros riscos para a empresa, acredita o banco, seriam o atual estágio inicial de desenvolvimento de seus novos negócios, como ViaQuatro, STP e Controlar, além da desaceleração da economia brasileira (que pode ocasionar em uma desaceleração do transporte rodoviário). Interferência negativa do governo no setor e o conflito de interesses de seus acionistas, a maioria construtores prestadoras de serviços para a construção civil, também podem gerar um cenário pior do que o projetado pelo Santander.
Bons ativosA boa visão de Caio Dias, analista do Santander, tem como base a carteira de concessões que a CCR atualmente possui, com destaque para AutoBan, ligação entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas e a NovaDutra, principal ligação entre as duas principais cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro. ViaOeste, SPVias e Rodoanel (Trecho Oeste) também são importantes ligações entre a capital paulista e o interior do estado operadas pela CCR.
Novas empreitadas
Os 38,25% de participação na STP, empresa que presta serviços de cobrança de pedágio para concessionárias de rodovias pedagiadas, são promissores, uma vez que, durante os cinco últimos anos, a STP viu sua receita crescer consistentemente a taxas anuais de 35%, o que tende a continuar, devido à baixa infiltração da STP (apenas 7% a 8% da atual frota brasileira) e a perspectiva de que a frota brasileira cresça ainda mais, de acordo com o Santander.
A ViaQuatro já possui a concessão para operar e manter a linha amarela do Metrô de São Paulo, que deverá transportar 770.000 passageiros por dia na primeira frase de operação, número que deve gradualmente aumentar até os 2 milhões esperados.
Bom cenárioO Santander destaca também o bom cenário brasileiro, uma vez que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) acredita que, para manter o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 5% ao ano, os investimentos em rodovia deverão saltar de R$ 30 bilhões (referentes ao período de 2006-2009) para R$ 51 bilhões entre 2010 e 2014.
Os eventos esportivos a serem realizados, Copa do Mundo e Olimpíadas, deverão também produzir investimentos de R$ 48 bilhões e R$ 29 bilhões, respectivamente, em infraestrutura.
A estrutura regulatória do setor de rodovias pedagiadas também é sólida, já contestada diversas vezes em tribunal, e sempre os termos dos contratos originais foram mantidos.
Por último, as ações da CCR são negociadas com desconto frente aos principais players internacionais do setor e em linha com os pares nacionais. Na avaliação do Santander, no entanto, a empresa mereceria um prêmio, por causa da maior liquidez e da capacidade de participar de novos investimentos.
RiscosTodavia, o Santander acredita que o acirramento da concorrência poderá trazer riscos à empresa, uma vez que em futuros leilões poderá haver pagamentos acima do valor justo, ocasionado pela competição com outras empresas.
Outros riscos para a empresa, acredita o banco, seriam o atual estágio inicial de desenvolvimento de seus novos negócios, como ViaQuatro, STP e Controlar, além da desaceleração da economia brasileira (que pode ocasionar em uma desaceleração do transporte rodoviário). Interferência negativa do governo no setor e o conflito de interesses de seus acionistas, a maioria construtores prestadoras de serviços para a construção civil, também podem gerar um cenário pior do que o projetado pelo Santander.