quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bradesco reduz preço-alvo da SulAmérica, com estimativas piores para 2011 e 2012

Por: Equipe InfoMoney
13/01/11 - 12h41
InfoMoney


SÃO PAULO – O analista da Bradesco Corretora, Carlos Firetti, indicou a redução do preço-alvo das ações da SulAmérica (SULA11), passando de R$ 24,80 para R$ 22,70 nesta quinta-feira (13). O novo valor, que corresponde a um upside (potencial de valorização teórico) de 11% frente ao fechamento da última sessão, vem em conjunto com a manutenção da recomendação market perform (desempenho em linha com a média do mercado).


O analista apontou que tal redução decorre principalmente das piores estimativas de ganhos para 2011 e 2012, que o banco reduziu em 11,6%, para R$ 520 milhões, e em 9%, para R$ 562 milhões, respectivamente. Esse cenário é construído baseado nas piores expectativas para outras receitas e despesas da empresa.


No entanto, apesar dos cenários serem mais pessimistas para este e também para o próximo ano, as projeções de ganhos de 2010 foram revisada para cima. Tal mudança é um reflexo das melhores expectativas dos analistas em relação aos sinistros no segmento de seguro saúde no quarto trimestre de 2010.


Último trimestre de 2010Para o quarto trimestre de 2010 o analista estima um lucro líquido recorrente de R$ 152,7 milhões, 16,7% superior ao trimestre anterior e 2,1% acima em relação ao mesmo período de 2009. Firetti destaca também que as quedas excepcionais das taxas de impostos no último trimestre de 2010 acabam distorcendo a comparação anual.


Focado nas margens de subscrição do trimestre em questão, o crescimento estimado é de 49,2%, na comparação anual, o que reflete tanto um forte crescimento nos prêmios ganhos quanto o avanço de 460 pontos base nos sinistros.


Por fim, “em geral nós continuamos a ver um ambiente positivo para o setor de seguro”, destaca o analista. Em termos de competição, a situação será relativamente saudável, contando também com uma tendência positiva na melhora da sinistralidade.


A única preocupação que permanece, segundo Firetti, é que ainda há um valuation não atrativo, "com a Porto Seguro (PSSA3) e SulAmérica sendo negociadas com valores similares aos grandes bancos brasileiros”.