sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Barclays eleva preço-alvo da CSN, mas mantém cautela em estratégias da empresa

Por: Equipe InfoMoney
13/08/10 - 15h25
InfoMoney


SÃO PAULO - Exaltando os números da CSN (CSNA3) auferidos no segundo trimestre, o Barclays Capital optou pela elevação do preço-alvo dos ativos da siderúrgica, o qual passou de R$ 35,00 para R$ 36,00 – potencial de valorização de 23,88%, face ao último fechamento.

Além disso, o banco prevê ganhos com seu braço de mineração, mas ainda prefere a Vale (VALE3, VALE5) neste ramo. Quanto à recomendação, esta foi mantida em equal weight (alocação em linha com a média do mercado).

Aplausos aos números
“Aplaudimos a capacidade de execução da CSN em sua divisão de aço, proporcionando uma forte margem Ebitda (relação entre a geração operacional de caixa e receita líquida) de 45%”, enaltecem Leonardo Correa e Renato Antunes, analistas que assinam o relatório do banco e para quem os resultados foram “fortes” no trimestre.

Números à parte, preveem um bom momento ao setor de mineração da comapanhia. “Estamos otimistas sobre as perspectivas do minério de ferro e acreditamos que a crescente exposição da CSN ao minério de ferro deve ser recompensada”.

No entanto, ainda que otimista, preferem os papéis da gigante nacional do setor para se aproveitar da ascensão na cotação da commodity. “Com valuation atual, preferimos a Vale”, salienta a dupla de analistas.

Dose de cautela
Ainda que o relatório traga uma elevação no preço-alvo e uma avaliação bastante positiva sobre o balanço da CSN, algumas precauções com relação à siderúrgica são frisadas por Correa e Antunes, dentre as quais se destacam a contração dos embarques do minério de ferro de sua controlada Namisa e sua “estratégia internacional, que acreditamos que eleva seu perfil de risco”.

Outros pontos que acarretam na cautela dos analistas são “a crescente estratégia da companhia em outros negócios” e o IPO (Initial Public Offering) da Namisa, o qual o Barclays não acredita que seja realizado neste semestre.