quinta-feira, 17 de junho de 2010

Destaques ATA do COPOM

09:12 ATA JÁ CONSIDERA DEMANDA DOMÉSTICA ROBUSTA

Brasília, 17 - O Comitê de Política Monetária (Copom) mudou a avaliação quanto ao ritmo da economia brasileira e considera que a demanda doméstica deixou o processo de recuperação e já está em um patamar considerado "robusto". No documento divulgado há pouco, no trecho 17, os diretores afirmam que "a demanda doméstica se apresenta robusta, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão do crédito". Na ata de abril, os membros do BC citavam que a demanda  se recuperava na época e que o crédito estava passando por uma retomada.

Soma-se a isso, a existência de estímulos fiscais e creditícios decididos nos últimos trimestres "deverão contribuir para a consolidação da expansão da atividade e, consequentemente, para a redução de qualquer margem residual de ociosidade dos fatores produtivos".

Os diretores do BC observam, porém, que a evolução desses benefícios "contrapõem-se aos efeitos da reversão de parcela substancial das iniciativas tomadas durante a recente crise financeira internacional, os da mudança de postura da política monetária e os do agravamento da crise fiscal porque passam diversos países europeus". Juntos, esses fatores são "parte importante do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas", conclui o texto divulgado há pouco. (Fernando Nakagawa e Fabio Graner)


08:54 ATA: RISCOS P/ CENÁRIO INFLAÇÃO SE CIRCUNSCREVEM AO ÂMBITO INTERNO

Brasília, 17 – Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) entendem que os riscos para a trajetória da inflação se restringem, apenas, aos desenvolvimentos no cenário doméstico. A avaliação foi feita no parágrafo 22 da ata da reunião de junho do grupo divulgada há pouco pelo Banco Central. “Para o Copom, os riscos para a consolidação de um cenário inflacionário benigno se circunscrevem essencialmente ao âmbito interno”, destaca o texto. O documento dá como exemplo o resultado da expansão da demanda doméstica “em contexto de virtual esgotamento da margem de ociosidade na utilização dos fatores de produção”.

Diante da avaliação de que o risco inflacionário mora apenas na economia brasileira, os membros do Copom afirmam que há cada vez mais sinais de riscos à trajetória dos índices de preço. O texto cita “evidências do estreitamento do mercado de fatores vêm da aceleração dos ganhos reais de salários no passado recente em alguns segmentos e de maiores pressões de preços ao produtor”.

O alerta do BC é que a evolução desses fatores pode, eventualmente, “exacerbar um quadro que já evidencia a presença de descompasso entre o crescimento da absorção doméstica e a capacidade de expansão da oferta”. Além de lançar o alerta, o Copom destaca, com essa avaliação, que já existe o descompasso entre os ritmos de crescimento da demanda e da oferta. (Fernando Nakagawa e Fabio Graner)


08:46 ATA: RISCOS PARA CENÁRIO BENIGNO DE INFLAÇÃO PERMANECEM ELEVADOS

Brasília, 17 - O Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que “permaneceram elevados os riscos” do cenário inflacionário desde a última reunião do grupo em abril. A avaliação consta da ata do encontro realizado na semana passada e que aumentou a taxa básica de juro em 0,75 ponto porcentual, para 10,25% ao ano. De acordo com o documento, “a despeito da reversão de parcela substancial dos estímulos introduzidos durante a recente crise financeira internacional, desde a última reunião permaneceram elevados os riscos à concretização de um cenário inflacionário benigno, no qual a inflação seguiria consistente com a trajetória das metas”.

No trecho 25 do documento divulgado há instantes, os membros do Copom destacam que, por outro lado, nas últimas semanas “desenvolvimentos externos introduziram certa dose de cautela nas análises sobre o cenário prospectivo”.

Diante da necessidade de atenção no cenário interno e com os desdobramentos do quadro internacional, o documento afirma que “prevaleceu o entendimento entre os membros do Comitê de que competiria à política monetária agir de forma incisiva para evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos”. (Fernando Nakagawa e Fabio Graner)

Fonte: AE Broadcast