terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Abertura de Mercado

Mercado Internacional


Um dos pontos que ‘arranhavam’ nos últimos meses a imagem do presidente americano Barack Obama era a possibilidade de que não houvesse extensão dos cortes de impostos iniciados no governo Bush.


Apesar na queda da arrecadação de impostos, Obama foi convencido que, além do peso político da decisão de maiores impostos, haveria conseqüências econômicas devido à redução de renda, fato impensável neste momento nos EUA. Sem impostos adicionais, a confiança do consumidor americano tende a se elevar e o final de ano pode confirmar os últimos dados de atividade econômica e vendas ao varejo, onde um crescimento tende a superar os resultados de 2009.


A alta nas bolsas de valores na atual sessão tem forte embasamento neste fato, porém os investidores devem estar atentos a notícias da Europa, onde os ministros da União Européia ainda não encontraram uma solução, mesmo que provisória, para os problemas bancários e fiscais de diversos países membros.


Mesmo assim, os esforços da Irlanda para conter os gastos começaram com toda a força e o governo, mais impopular do que nunca, disse não poupar esforços para evitar que a crise se propague ainda mais pelo país. O esforço é de certa maneira inglório, pois ajustes fiscais demandam em sua maioria medidas como cortes de investimentos, de postos de trabalho e redução de gastos governamentais.


Na outro extremo está a China. O crescimento exponencial da demanda em diversos setores deve levar a um movimento de aperto monetário nesta semana e o temor de alguns investidores é de que possa haver elevações adicionais de juros, levando a perdas na economia e redução do momentum do crescimento mundial.


Bolsas de Valores Mundiais



A leve correção nas bolsas de valores na sessão anterior foi causada pela ausência de indicadores econômicos mais consistentes e de certa apreensão com os dados do mercado de trabalho americano.


O dia não reserva dados relevantes na agenda macroeconômica do dia, porém a possibilidade de extensão dos cortes de impostos iniciados no governo Bush foca a tensão dos investidores na atual sessão.


As bolsas na Ásia fecharam em alta na sua maioria, devido à ações de empresas eletrônicas e a manutenção dos cortes de impostos nos EUA. Os futuros em Nova York representam alta consistente e na Europa, os mercados exibem a mesma direção.


Câmbio



Após sessões seguidas de queda, o Euro retoma em parte os ganhos frente à maioria das divisas no mundo e sobe o dólar americano aos US$ 1,3365.


O Yen tem sessão de queda e se desvaloriza contra o dólar aos ¥ 82,665. O Yuan sobe 0,34% contra o dólar e 0,05% contra o Yen.


O dólar devolve os recentes ganhos contra a maioria das divisas e no Brasil, deve-se manter o atual ritmo de valorização do Real frente ao dólar com o cenário positivo.


A nova “banda imaginária” é de R$1,64/US$-R$1,71/US$ e a valorização do Real pode se acentuar nos próximos dias com a reversão da alta da moeda norte americana.


Fonte: http://blog.apregoa.com.br/wp-content/uploads/2010/12/apregoapremercado071210.pdf