sábado, 26 de junho de 2010

Ativa insere em sua lista de cobertura os papéis de Marisa e Lojas Renner


Por: Equipe InfoMoney
25/06/10 - 20h20
InfoMoney

SÃO PAULO - A Ativa iniciou nesta semana sua cobertura aos papéis da Marisa (MARI3), com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 19,88 cada. A corretora também voltou a inserir os papéis da Lojas Renner (LREN3) na sua lista de cobertura, com call de compra e target de R$ 62,93 por ação.


Em relatório recente, a analista Juliana Campos destaca que as recomendações da Ativa para as duas companhias consideram o potencial de crescimento para o varejo de vestuário no Brasil no longo prazo. No caso da Marisa, Juliana explica que o call de venda deve-se à sua análise de que o papel já está precificado.


Perspectivas
A Ativa destacou que ambas as companhias são empresas atuantes no setor de vestuário, calçados e acessórios como foco na mulher que busca preços acessíveis, facilidades de financiamento e, ao mesmo tempo, produtos que estejam em linha com as tendências da moda. A diferença entre as duas, segundo Juliana, é que a Marisa tem a classe C como público-alvo, enquanto que a Lojas Renner foca nas classes A, B e C.


"Apesar do elevado potencial de consolidação do setor, com os maiores players respondendo por 16% do mercado, o guidance das companhias para 2010 e anos seguintes é de forte crescimento orgânico, no sentido de aproveitar o aumento dos gastos do consumidor com artigos de vestuário", disse a analistas.


Projeções
Analisando o setor de varejo brasileiro, a Ativa estima uma CAGR (taxa composta de crescimento anual) de 12% para a área de vendas da Lojas Renner nos próximos anos e 10,9% para a Marisa. Além disso, a previsão da analista é de que as empresas tenham crescimento médio de vendas de, respectivamente, 17,9% e 16,2% ao ano, puxado pela forte abertura de lojas e maturação da área de vendas.


"Além das vendas de mercadorias, uma outra importante fonte de receita vem dos serviços financeiros prestados aos clientes, através, principalmente do cartão próprio, que acreditamos que mantenha sua participação estável em cerca de 55% das vendas, devido à recuperação da perda do private label pelo co-branded", analisou Juliana.


Riscos
Entre os riscos às operações de ambas as varejistas, a Ativa destacou o aumento na inadimplência em seus produtos financeiros, a desaceleração do consumo no País devido à alta da taxa de juros, e maiores dificuldades das empresas em cumprirem seus planos de expansão para os próximos anos.