quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Minério de Ferro: Alta de +50% nos Preços nos Próximo 2 Anos

Reiteramos Comprar para VALE e CSN

O que Há de Novo — A equipe de commodity global do Citi aumentou as previsões de minério de ferro para +40%/10% para o ano fiscal japonês 2010/11. Isso está em linha com o consenso do investidor, com base em nossas recentes reuniões. Há um potencial de ganho em 2011 se a produção chinesa de aço chegar a 650 mi ton. Esperamos aumentos maiores para tarugos e pelotas no ano fiscal japonês (de 5 de abril a 6 de março) de 2010: +50% e +60%, respectivamente.

Comprar a Vale — Somos compradores da Vale no recente enfraquecimento a 7,7x o EBITDA de 2010 e 5,9x o de 2011. A Vale caiu 13% desde os picos de janeiro, versus uma queda de 5% do S&P. Os estoques das mineradoras mais uma vez sucumbiram às preocupações com a China no início do ano, mas antecipamos uma reversão uma vez que as importações de metais ganhem fôlego depois do Ano Novo. As metas do governo chinês para o PIB e para o aumento da oferta de financiamento não mudaram apesar dos recentes movimentos para refrear o excesso de liquidez. Nossas preocupações com a Vale são: (1) consenso altista uniforme, (2) fraca performance nas divisões de não-ferrosos (resultado do 4T09 em 10/02), e (3) administração do vasto e geograficamente diverso programa de investimento.

Estimativas para a Vale Atualizadas — O EBITDA atualizado da Vale é de US$ 19 bi em 2010 e US$ 24 bi em 2011. O VE/EBITDA é de 7,7x para 2010 e de 5,9x para 2011; o P/L é de 12x para 2010 e de 9x para 2011. Mantemos uma recomendação de Comprar e um preço-alvo de US$ 32/ação.

Comprar a CSN — O EBITDA atualizado da CSN é de R$ 5,7 bi em 2010 e R$ 6,8 bi em 2011. O VE/EBITDA é de 9x para 2010 e de 7x para 2011; o P/L é de 16x para 2010 e de 12x para 2011. Mantemos uma recomendação de Comprar e um preço-alvo de R$ 70/ação. A CSN é nossa favorita no Brasil devido à sua exposição ao minério de ferro. Ainda é muito cedo para apostar na tese de recuperação do preço do aço (ou seja, Usiminas (USIM5.SA; R$50.41; 2H)),em nossa opinião. A possível aquisição da Cimpor é motivo de preocupação uma vez que tira a atenção da diretoria executiva do negócio principal em aço e minério de ferro. Um aumento de recursos na Casa De Pedra durante 2010 seria um catalisador positivo.

Brasil vs Austrália — A Vale deve assegurar a mesma base de aumento para o preço do minério de ferro que a Rio Tinto em 2010, ou seja, sem retorno para o prêmio de frete de 2008, em nossa opinião. Os diferenciais de frete estão muito abaixo de 2008 e a Vale provavelmente vai esperar que a Rio Tinto acerte preço com a Nippon e então assegurar o mesmo preço.

Pelotas vs Finos — Os preços das pelotas devem subir mais do que os dos finos em 2010 devido à acentuada queda em 2009. Antecipamos um aumento de 60%, recuperando o prêmio sobre os preços dos finos, para US$30/ton, níveis semelhantes aos de 2005-07.


Vale
Valuation
Nosso preço-alvo para as ações ordinárias ADR da Vale (NYSE ticker: VALE) é de US$ 32 por ação. Usamos um peso de 50-50 de múltiplos de valoração e do modelo NAV (Net Asset Value, ou valor patrimonial líquido). Nossos múltiplos alvo para a Vale são 7x o EBITDA e 12x o P/L. Esses múltiplos são apropriados para a metade do ciclo de previsões do preço da commodity. Aplicando esses múltiplos para o resultado dos lucros de 2010 em um alvo médio de US$ 29/ação.

Nosso valor de NAV para a Vale ON é de US$ 32/ação (78% minério de ferro, 12% níquel, 10% outros). A WACC, ou média ponderada do custo de capital, é de 11,1% usando o prêmio de risco e taxas Livres de Risco recomendados do CIRA. As premissas de preço de longo-prazo são de US$ 65/ton para o minério de ferro e US$ 8/libra para o níquel. Aplicamos um prêmio NAV de 10% para considerar os recursos mais antigos não incluídos no modelo para o alvo de US$35/ação.

Riscos
Classificamos a Vale como Médio Risco. Os lucros da Vale estão expostos aos altamente voláteis preços da commodity, mas isso é mitigado pelo tamanho da empresa, dívida com grau de investimento, e crescente diversificação fora do minério de ferro. Riscos-chave que podem impedir a ação de alcançar nosso preço-alvo incluem uma desaceleração na produção industrial chinesa,execução em projetos importantes, futuro excesso de oferta no mercado de minério de ferro, futuras aquisições caras, e instabilidade política no Brasil.


Companhia Siderúrgica Nacional

Valuation
Nosso preço-alvo para a CSN é de R$ 70 por ação. Usamos uma combinação de 50-50 de múltiplos do EBITDA e o modelo de Fluxo de Caixa Descontado (FCD) para chegar a nosso alvo.

Sobre os múltiplos do EBITDA usamos uma abordagem de soma das partes com um total de R$ 69/ação:
- Sobre o aço usamos 8x a estimativa para 2010 para R$ 39/ação.
- Sobre mineração usamos US$ 250/ton da produção futura na Casa De Pedra (50mi ton) e US$ 225/ton na Namisa (1 mi ton) para R$ 31/ação (ou US$ 15,2 bi).
- Sobre logística/cimento usamos 8x a estimativa para 2010 para R$ 2/ação. Nosso valor de FCD é de R$ 70 por ação. Usamos uma WACC de 12% WACC e as premissas-chave de longo prazo são EBITDA de R$ 850 por tonelada de aço e US$ 60/ton para os preços do minério de ferro.

Riscos
Classificamos a CSN como ação de Alto Risco. Riscos negativos incluem: 1. Uma desaceleração na atividade industrial brasileira; 2. Uma recessão global; 3. Instabilidade política e/ou econômica no Brasil; 4. Aumento inesperado dos custos, 5. Montante alto da dívida (40% dívida sobre o capital). Os ricos positivos são opostos aos acima mencionados, como um crescimento econômico mais rápido do que o esperado. Se o impacto de qualquer desses fatores na empresa se mostrar menor ou maior do que antecipamos, a ação pode ser negociada a um preço significativamente abaixo ou acima do nosso preço-alvo.


Vale (Preferred)
Valuation
Nosso preço-alvo para as ações Preferenciais ADR da Vale (NYSE ticker: VALE/P) é de US$ 28 por ação. Usamos um peso de 50-50 de múltiplos de valoração e do modelo NAV (Net Asset Value, ou valor patrimonial líquido). Nossos múltiplos alvo para a Vale são 7x o EBITDA e 12x o P/L. Esses múltiplos são apropriados para a metade do ciclo de previsões do preço da commodity. Damos um desconto de 15% às Ações Preferenciais uma vez que esse é o desconto histórico. Aplicando esses múltiplos para o resultado dos lucros de 2010 em um alvo médio de US$ 26/ação. Nosso valor de NAV para a Vale PN é de US$ 27/ação (78% minério de ferro, 12% níquel, 10% outros). A WACC, ou média ponderada do custo de capital, é de 11,1% usando o prêmio de risco e as taxas Livres de Risco recomendados do CIRA. As premissas de preço de longo-prazo são de US$ 65/ton para o minério de ferro e US$ 8/libra para o níquel. Aplicamos um prêmio NAV de 10% para considerar os recursos mais antigos não incluídos no modelo para o alvo de US$ 30/ação.

Riscos
Classificamos a Vale como Médio Risco. Os lucros da Vale estão expostos aos altamente voláteis preços da commodity, mas isso é mitigado pelo tamanho da empresa, dívida com grau de investimento, e crescente diversificação fora do minério de ferro. Riscos-chave que podem impedir a ação de alcançar nosso preço-alvo incluem uma desaceleração na produção industrial chinesa, execução de projetos importantes, futuro excesso de oferta no mercado de minério de ferro, futuras aquisições caras, e instabilidade política no Brasil.

Fonte: Alexander Hacking, CFA (Citigroup Global Markets)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Indicadores EUA - 13 hrs

EUA: Venda de casas pendentes (M/M): 1,0% previsão: 1,0%;
EUA: Venda de imóveis pendentes A/A: 10,5%
 
Fonte: Bloomberg

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Balanços da semana - Brasil

São Paulo, 01 - O banco Santander é o principal nome da agenda de balanços desta semana, que também conta com Cielo (ex-VisaNet) e a Totvs.

A Cielo e a fabricante de softwares informam seus respectivos balanços do quarto trimestre e do exercício de 2009 no dia 3, após o fechamento do
mercado. O banco, por sua vez, divulga seus demonstrativos financeiros na quinta-feira (4), antes da abertura do mercado.

Fonte: AE Broadcast

Balanços nesta semana:


Calendário de balanços do 4º trimestre de 2009 
Data
Empresa
Evento
Horário
03/fev
Cielo
Balanço
Após o fechamento
03/fev
Totvs
Balanço
Após o fechamento
04/fev
Santander
Balanço
Antes da abertura

JUNTAS, COSAN E SHELL VISAM TRANSFORMAR ETANOL EM COMBUSTÍVEL GLOBAL

São Paulo, 01 - Com a joint venture formada entre Cosan e Shell, os executivos das duas empresas acreditam que será possível alargar os horizontes mundiais dos combustíveis renováveis e transformar o etanol em uma commodity mundial, impulsionando a economia mundial de baixo carbono. "As duas empresas possuem ativos complementares que permitirão o alcance do etanol como combustível global", disse Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan.

Mark Williams, diretor mundial de downstream da Royal Dutch Shell, disse que, com a produção de etanol da Cosan e a cadeia de distribuição e comercialização da Shell, o etanol brasileiro irá aumentar seu acesso a mercados internacionais hoje fechados para o produto. Williams, que está em Londres, participou da coletiva com jornalistas no Brasil por meio de teleconferência. Ele disse que a Shell também irá expandir o alcance tecnológico do etanol por meio de duas empresas que estão entrando na joint venture, a Iogen e a Codexis.

Marcos Lutz, presidente da Cosan S.A., disse que a Iogen possui pesquisas abrangentes na tecnologia de etanol de celulose e que poderá contar com a Cosan no fornecimento de celulose, através do bagaço. Já a Codexis pesquisa e produz enzimas e leveduras, essenciais para a produção de etanol de segunda geração.

Ometto ressaltou que a associação possibilitará ganhos de eficiência e também de logística, gerando um custo final menor operacional. "A Cosan está sendo muito namorada por empresas de vários setores. A escolha pelo 'casamento' com a Shell foi bastante pensada e só foi realizada porque levará a um crescimento comum", disse ele. Ometto disse que a joint venture trará para a Cosan a experiência necessária de compartilhar o gerenciamento. Segundo o executivo, a Shell também possui armazéns no exterior que poderão ser integrados à operação da Cosan.

Na operação, Lutz disse que a Cosan entrou com ativos da ordem de US$ 4,925 bilhões e dívida líquida de US 2,524 bilhões. Já a Shell entrou com ativos da ordem de US$ 4,925 bilhões e um aporte de US$ 1,625 bilhão. Se o resultado da receita da joint venture no primeiro ano for maior que um patamar não revelado, a Shell deverá realizar um aporte extra de US$ 300 milhões.

O diretor-financeiro da Cosan Marcelo Martins explicou que estes aportes da Shell serão feitos na operação do negócio e não afetarão os acionistas minoritários da Cosan S.A. "De forma alguma os minoritários terão sua participação diluída por estes aportes. Estes recursos não serão colocados na Cosan S.A. mas na operação das duas empresas criadas", explicou.

Segundo Lutz, a joint com a Shell fará da Cosan uma empresa que participa das duas principais marcas mundiais de combustível, a Shell e a Esso, adquirida pela Cosan no final de 2008. Ele explica que, no momento, a estratégia da Esso não será alterada mas o futuro da utilização da marca deverá ser discutido oportunamente com as decisões tomadas e divulgadas ao mercado. No momento da aquisição da Esso, a Cosan ficou com o direito de utilizar por 5 anos a marca Esso, com a opção de renovação.

Com a joint, a Cosan/Shell ficará com uma rede de cerca de 4.500 postos de combustíveis em todo o Brasil. Segundo Vasco Dias, presidente da Shell no Brasil, não haverá canibalização com os postos que a Cosan possui fruto da aquisição da Esso. "Temos um grande gerenciamento do que chamamos 'cauda', que é a existência de postos em áreas dominadas por outra empresa. Esta sobreposição é muito pequena", disse ele.

O presidente do conselho da Cosan, Rubens Ometto, também ressaltou que a joint é uma operação que visa principalmente o futuro. Segundo ele, as exportações de etanol não são significativas hoje mas diante da expectativa de que novas metas de utilização de combustíveis renováveis serão definidas e que o etanol de cana será considerado um combustível avançado, a demanda pelo produto irá crescer de forma significativa. Na operação, a Cosan foi assessorada pelo BTG Pactual.
(Eduardo Magossi)

Fonte: AE Broadcast

Indicadores EUA - 13h00

EUA: ISM: Manufaturados: 58,4 ; previsão: 55,5
EUA: ISM: preços-pagos: 70,0 ; previsão: 62,4
EUA: Gastos com construção: -1,2 %; previsão: -0,5%

Fonte: Bloomberg

Indicadores EUA - 11h30

EUA: Renda pessoal: 0,4%; previsão: 0,3%
EUA: Gastos pessoais: 0,2%; previsão: 0,3%
EUA: Gastos cons pessoal-base (M/M): 0,1%; previsão: 0,1%
EUA: Gastos cons pessoal-base (M/M): 1,5%; previsão: 1,5%

Fonte: Bloomberg

Próximos Indicadores:

13h00:
ISM: Manufaturados
ISM: preços pagos
Gastos com construção

Agenda Econômica Semanal


País
Hora*
Indicador
Referência














Segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010

BR
09:00
IPC-S FGV
Janeiro


BR
09:00
Relatório Focus
Fevereiro


BR
11:00
Balança comercial
Janeiro


US
11:30
Núcleo do PCE
Dezembro


US
11:30
Renda Pessoal
Dezembro


US
11:30
Gastos pessoais
Dezembro


US
13:00
Gastos com construção
Dezembro


US
13:00
ISM Indústria
Janeiro








Terça-feira, 02 de fevereiro de 2010

BR
09:00
IPC Fipe
Janeiro


BR
09:00
Pesquisa Industrial Mensal - IBGE
Dezembro


US
13:00
Venda de casas pendentes
Dezembro








Quarta-feira, 03 de fevereiro de 2010

BR
09:00
Ata do Copom
Fevereiro


US
11:15
Vagas de trabalho cortadas ADP
Janeiro


US
13:00
ISM Serviços
Janeiro


US
13:30
Estoques de Petróleo
Semanal








Quinta-feira, 04 de fevereiro de 2010

US
11:30
Novos Pedidos de auxílio-desemprego
Dezembro


US
13:00
Pedidos às fábricas
Dezembro








Sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

BR
09:00
IPG-DI FGV
Janeiro


BR
09:00
IPCA IBGE
Janeiro


BR
09:00
INPC FGV
Janeiro


US
11:30
Vagas de trabalho cortadas
Janeiro


US
11:30
Taxa de desemprego
Janeiro


US
11:30
Ganhos médios por hora
Janeiro


US
11:30
Horas trabalhadas
Janeiro


US
18:00
Crédito ao consumidor
Janeiro



As informações citadas acima têm como referência instituições do governo, órgãos financeiros, corretoras e empresas parceiras.
Fontes: Uptrend, Bradesco, Itaú Trade, FGV, Brifing, Banco Central do Brasil, Fipe, IBGE, MDIC, Conab.
*Horário de divulgação na Agência Enfoque de Notícias.