segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Goldman Sachs recomenda a compra de ações da Lopes Brasil

14 de setembro de 2011 • 10h48Por: Equipe InfoMoney
SÃO PAULO – Acreditando no potencial de crescimento em vendas de imóveis e de financiamento imobiliário, o banco Goldman Sachs reiterou sua recomendação de compra para as ações da Lopes (LPSB3).
O preço-alvo para os próximos 12 meses, porém, caiu de R$ 52 para R$ 51, representando um potencial de valorização de 47,82% em relação à cotação de 13 de setembro. A atratividade dos papéis da empresa aumenta em relação a outras do setor por ela conseguir uma lucratividade maior do que as construtoras, e uma geração de caixa mais expressiva. A volatilidade na bolsa também aparece em patamares menores do que a média.

Pontos positivos
Como a Lopes depende de diferentes companhias responsáveis pela construção dos imóveis, sua exposição ao risco diminui, segundo o Goldman Sachs. Além disso, os preços não dão sinais de diminuição relevante para acelerar as vendas – que são esperadas em desaquecimento até o fim do ano.
Com esse cenário, Leonardo Zambolin e Bianca Cassarino, responsáveis pela análise, aumentaram a projeção de receita líquida total em 2011 e 2012, para R$ 467 milhões (9% a mais) e R$ 514 milhões (1% de alta), respectivamente. Mas as recentes aquisições de corretoras menores ainda não devem se traduzir nos resultados por um tempo, portanto o aproveitamento das sinergias pode ser maior a longo prazo.
A demanda por imóveis é outro ponto positivo para a companhia. O banco vê a taxa de desemprego brasileira continuando em níveis pequenos, e a renda mantendo a trajetória ascendente. O déficit em quantidade e qualidade das residências no País aparece como importante para que o setor continue bem aquecido.
Confira as estimativas do Goldman Sachs para a Lopes Brasil:
(R$ milhões)201120122013
Receita líquida467514651
Ebitda181247280
Lucro líquido106140162
AquisiçõesSe as sinergias atuais ainda não foram completamente incorporadas, a Lopes deve aparecer com novas aquisições até o fim do ano que vem. O plano inicial é de comprar até 12 novas corretoras, mas como os gastos em operações anteriores foram diminuídos, a empresa ainda aparecia com R$ 240 milhões em caixa no resultado do segundo trimestre.
O relatório vê as futuras integrações como positivas para o resultado da empresa, mas como os processos ainda não estão finalizados, as estimativas de Ebitda (geração operacional de caixa) e lucro líquido para este ano caíram. A maior queda é no Ebitda, que agora é esperado em R$ 181 milhões, 12% menos do que a projeção anterior.
Braço financeiro
A parceria com o Itaú Unibanco (ITUB4) colocou a empresa em situação diversa das concorrentes. Isso porque a entrada no mercado de financiamento imobiliário se deu a uma alta velocidade, aproveitando os sistemas já em posse do banco. A média de crescimento na oferta foi de 11% por mês em média desde a parceria.
O CrediPronto, nome do serviço oferecido pela Lopes, tem possibilidade de analisar o crédito e aprová-lo em um tempo bem menor do que os pares: 15 dias, contra até quatro meses. A fatia do mercado dominada pelo braço financeiro do grupo chegou a 6%, se aproximando dos patamares detidos pelo HSBC.