Por: Equipe InfoMoney
14/01/11 - 16h01
InfoMoney
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SÃO PAULO - O Goldman Sachs iniciou 2011 com projeções mais otimistas para concessionárias rodoviárias brasileiras. Dado o viés altista da inflação, o banco espera que o fluxo de caixa da CCR (CCRO3) e OHL (OHLB3) se torne positivo neste ano. Desta forma, o preço-alvo de ambas as companhias foi elevado, assim como o da Ecorodovias (ECOR3). A recomendação da CCR no novo cenário passa de neutra para compra.
As novas projeções incorporam tanto o impacto positivo da inflação sobre os preços das tarifas rodoviárias quanto a perspectiva de que o tráfego continue intenso neste ano, e as companhias façam menores investimentos após o final dos pré-pagamentos de concessões.
"Para nós, a maior geração de caixa significa maior participação em leilões, investimentos adicionais em rodovias existentes e maior capacidade para aquisições, pontos não refletidos nos targets anteriores", afirmam os analistas Eduardo Couto e Tais Correa, em relatório.
Desta forma, o preço-alvo da CCR passou de R$ 46,00 para R$ 57,00, enquanto o target da Ecorodovias foi de R$ 11,80 para R$ 14,50. Por fim, a avaliação dos preços para a OHL saltou de R$ 45,00 para R$ 56,00. Os novos targets implicam upsides de 21,66%, 10,43% e -5%, nesta ordem, com base no fechamento de 14 de janeiro.
Ajustes seguem índices de inflação
Os dois maiores índices usados em contratos de rodovias são o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) e o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado). Em São Paulo, o mais usado é o IGP-M, que subiu de 5% em junho de 2010, na comparação com 2009, para 11% em dezembro de 2010, puxado pelos preços de alimentos e produtos industrializados.
"A recente alta da inflação irá afetar positivamente as tarifas de pedágios neste ano, impulsionando os resultados, já que as três concessões possuem uma boa porção de suas receitas ajustadas anualmente pelo IGP-M", dizem os analistas do Goldman.
CCR
A empresa é a preferida do Goldman Sachs no setor, que elogia seu sólido fluxo de caixa para os próximos anos, longo histórico e boa liquidez. Ademais, a CCR tem investimentos diversificados, com a construção de linhas metroviárias e o projeto de inspeção veicular Controlar, além de potenciais projetos em concessões já existentes. Seu cenário parece ser o mais promissor dentre as três empresas, e sua recomendação passa de neutra para compra.
Ecorodovias
Também bem avaliada, a Ecorodovias apresenta entre seus pontos fortes um sólido balanço, forte fluxo de caixa projetado para os próximos anos e boa liquidez.
No entanto, suas ações possuem menor potencial de upside em relação aos papéis da CCR, além de estar em desvantagem quanto ao tamanho de seu histórico, portfólio e visibilidade
dos negócios de logística em relação à principal concorrente, a CCR.
Desta forma, o preço-alvo da CCR passou de R$ 46,00 para R$ 57,00, enquanto o target da Ecorodovias foi de R$ 11,80 para R$ 14,50. Por fim, a avaliação dos preços para a OHL saltou de R$ 45,00 para R$ 56,00. Os novos targets implicam upsides de 21,66%, 10,43% e -5%, nesta ordem, com base no fechamento de 14 de janeiro.
Ajustes seguem índices de inflação
Os dois maiores índices usados em contratos de rodovias são o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) e o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado). Em São Paulo, o mais usado é o IGP-M, que subiu de 5% em junho de 2010, na comparação com 2009, para 11% em dezembro de 2010, puxado pelos preços de alimentos e produtos industrializados.
"A recente alta da inflação irá afetar positivamente as tarifas de pedágios neste ano, impulsionando os resultados, já que as três concessões possuem uma boa porção de suas receitas ajustadas anualmente pelo IGP-M", dizem os analistas do Goldman.
CCR
A empresa é a preferida do Goldman Sachs no setor, que elogia seu sólido fluxo de caixa para os próximos anos, longo histórico e boa liquidez. Ademais, a CCR tem investimentos diversificados, com a construção de linhas metroviárias e o projeto de inspeção veicular Controlar, além de potenciais projetos em concessões já existentes. Seu cenário parece ser o mais promissor dentre as três empresas, e sua recomendação passa de neutra para compra.
Empresa | Código | Recomendação | Preço Alvo* | Upside** |
CCR | CCRO3 | compra | R$ 57,00 | 21,66% |
Ecorodovias | ECOR3 | neutra | R$ 14,50 | 10,43% |
OHL | OHLB3 | R$ 56,00 | -5% | |
*Para o final de 2011 **Com base no fechamento de 13 de janeiro de 2011 |
Ecorodovias
Também bem avaliada, a Ecorodovias apresenta entre seus pontos fortes um sólido balanço, forte fluxo de caixa projetado para os próximos anos e boa liquidez.
No entanto, suas ações possuem menor potencial de upside em relação aos papéis da CCR, além de estar em desvantagem quanto ao tamanho de seu histórico, portfólio e visibilidade
dos negócios de logística em relação à principal concorrente, a CCR.
OHL"O fluxo de caixa negativo de R$ 1 bilhão nos próximos três anos devido a investimentos em rodovias atuais é nossa maior preocupação", dizem Couto e Correa. O elevado Capex limita ofertas em leilões ou a participação em novos projetos, daí a recomendação de venda.