terça-feira, 4 de maio de 2010

Barclays atualiza recomendação e preço-alvo de Usiminas e CSN

Por: Equipe InfoMoney
04/05/10 - 20h37
InfoMoney


SÃO PAULO - Atualizando as projeções para o setor de mineração, os analistas do Barclays elevaram a recomendação das ações da Usiminas (USIM5), de equal-weight (peso equivalente a média do mercado) para overweight (acima da média do mercado). Já os papéis da CSN (CSNA3) foram rebaixados de overweight para equal-weight.

Usiminas
Os analistas Leonardo Correa e Renato Antunes acreditam que a Usiminas será a principal beneficiária da melhora no segmento de bens de capital esperada para o segundo semestre, via sua linha de produtos de placa pesada, no qual a receita tem 25% de exposição. Além disso, a recuperação da economia doméstica deve ter um impacto "muito positivo" nos ganhos da companhia. O preço-alvo também foi elevado, de R$ 70 para R$ 74 - upside de 38% frente ao fechamento de 4 de maio.

"A Usiminas agora tem o maior upside potencial do setor segundo o critério da fluxo de caixa descontado, de 34%, ante 23% da média do setor". Atual top pick dos analistas entre as siderúrgicas, a Usiminas negocia com EV/Ebitda (valor da empresa em relação à geração de fluxo de caixa) de 4,7 vezes, que representa desconto de 16% frente ao setor.

Já pela metodologia da soma das partes (SOTP), o potencial de valorização é de 19%, com os segmentos de bens de capital e processamento de aço respondendo por 10% do valor total. "Nós acreditamos que o mercado irá aumentar o valor de Usiminas numa base SOTP, e que há um valor significativo a ser desbloqueado", afirmam Correa e Antunes.

CSN
Além da recomendação rebaixada, o preço-alvo dos papéis da CSN foi diminuído de R$ 41 para R$ 38 - upside de 30,14% frente ao fechamento de 4 de maio - após os analistas rebaixarem as projeções para o embarque de minério de ferro. "Problemas de execução na indústria do minério de ferro não são exclusivos da CSN, sendo um denominador comum para toda a indústria", ressalvam Correa e Antunes.

Um crescimento menor do negócio de mineração e alavancagem operacional limitada da divisão de aço justificam um otimismo menor, observam os analistas. Além disso, o prêmio histórico de 20% a 25% com relação a Usiminas deve diminuir, em função dos movimentos de plena integração em minério de ferro e benefícios advindos do ciclo de investimentos do pré-sal esperados para a Usiminas.

Pela base SOTP, o upside da CSN é de 9%. Os analistas enfatizam que se mantêm otimistas para o ciclo de precificação do minério de ferro para os próximos 2 a 3 anos, mas preferem a Vale (VALE3, VALE5) para esta exposição.