sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cenário Econômico Semanal – 14 a 18/Fevereiro

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal




Após um início de mês com os mercados em tensão com os conflitos no Egito, as bolsas tiveram tranqüilidade após a renúncia do ditador Mubarak. O cenário também ficou mais positivo com os dados da economia americana.





Cenário Externo


Como principal destaque da semana, o Federal Reserve divulgou a ata de última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). Os membros do comitê se mostraram confiantes que a economia americana mostra sinais de recuperação em janeiro, o que levou alguns dos diretores da instituição a sugerir a redução do programa de compra de título de US$ 600 bilhões.

O documento mostrou também uma ligeira preocupação com a pressão inflacionária, mas não o suficiente para se cogitar uma mudança na política de juros. Além disso, o Fed elevou a sua previsão para o crescimento econômico em 2011 para um intervalo de 3,4% a 3,9%, contra a estimativa anterior de 3,0% para 3,6%.

Também merece destaque na semana os índices de inflação. Na terça-feira foi informado que os preços dos bens importados janeiro apresentaram alta de 1,5% no período, segundo informações do Departamento de Trabalho do país. Já os preços dos exportados subiram 1,2% no período. Na quarta, foi a vez do o índice de preços do atacado (CPI) mostrar alta de 0,8%, puxado pelos altos custos da gasolina. Excluindo do cálculo os preços de energia e alimentos, a inflação ao produtor subiu 0,5%, a maior alta mensal desde outubro de 2008.

Já o índice de preços ao consumidor norte-americano, divulgado na quinta-feira, registrou em janeiro alta de 0,4%, puxado em grande parte pelos altos preços de alimentos e combustíveis. Excluindo estes itens do cálculo, a inflação ao consumidor subiu 0,2%, acima do esperado, de 0,1%.

O período também trouxe os números das vendas do varejo americano, que cresceram 0,3% em janeiro, marcando o sétimo mês seguido de alta, informou o Departamento de Comércio do país.

No caso da produção industrial de janeiro, houve queda de 0,1%. Os dados mostram um resultado mais fraco do que o mercado estimava, uma vez que a aposta era de alta de 0,4%. Ao excluir a produção de automóveis, a produção industrial teve alta de 0,1%. Já a capacidade utilizada das fábricas caiu para 76,1% em janeiro.
Outros indicadores foram divulgados durante a semana e contribuíram para que Wall Street encerrasse a semana em alta. No caso do Dow Jones, a alta foi de 1,0% aos 12.391,1 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,0% aos 1.342,98 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


Como já tradicional, no Brasil a semana foi marcada pela divulgação de índices de inflação, da balança comercial e do relatório Focus, que apontou para décima semana consecutiva de alta na expectativa do IPCA para o final do atual calendário, de 5,66% para 5,75%. Já para o final de 2012, a aposta agora é de 4,70%.

No caso da balança comercial brasileira, foi registrado um superávit comercial de US$ 548 milhões, contra US$ 432 milhões registrados na semana anterior. Com isso, em fevereiro o saldo comercial é de US$ 980 milhões.
 
Entre os índices de inflação, destaque para o IPC-S de 15 de fevereiro de 2011, que apresentou variação de 0,82%, 0,34 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Cinco das sete classes de despesa pesquisadas registraram decréscimos em suas taxas de variação.

Já o IPC das Fipe registrou variação de 0,95% na segunda semana do mês, depois de alta de 1,12% na primeira medição de fevereiro, ao passo que o (IGP-10), da Fundação Getulio Vargas, variou 1,03% em fevereiro deste ano, taxa superior à registrada no mês anterior (0,49%). A alta foi puxada pelos subíndices de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e de Preços ao Consumidor (IPC).

Por fim, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que variou 0,88%, no segundo decêndio do mês de fevereiro. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 0,63%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Além disso, o IBGE divulgou que, em dezembro, o comércio varejista do país apresentou variação de 0,0% para o volume de vendas e 1,0% para a receita nominal, na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal, indicando uma acomodação no que tange ao volume de vendas (após sete meses de resultados positivos) e crescimento da receita nominal de vendas pelo décimo segundo mês consecutivo.
Com isso, o principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, teve alta acumulada de 3,5% e encerrou com 68.067 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
CIELO
CIEL3
13,25
14,62%
MMX MINER
MMXM3
10,40
13,17%
REDECARD
RDCD3
21,08
12,91%
USIMINAS
USIM5
21,03
10,39%
BRF FOODS
BRFS3
29,65
9,53%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
GOL
GOLL4
23,00
-2,99%
USIMINAS
USIM3
26,47
-2,32%
BRASKEM
BRKM5
19,95
-1,72%
BRASIL TELEC
BRTO4
12,90
-1,53%
BMFBOVESPA
BVMF3
11,69
-1,52%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 50,24
2.784.292.736,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 27,37
2.423.653.056,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 38,04
1.201.684.640,00
Bancos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 18,12
1.178.116.432,00
Exploração e/ou Refino
BRASIL
BBAS3
R$ 31,14
1.077.121.568,00
Bancos





Dólar:


Em uma semana marcada pela recuperação dos mercados acionários no Brasil, o dólar comercial seguiu a mesma tendência e encerrou a semana em queda. O Banco Central teve atuação constante, realizando leilões no mercado à vista, a termo e também swap cambial reverso. No entanto, as intervenções não impediram a desvalorização do dólar.

Neste cenário, o dólar comercial teve queda de 0,2% e fechou a R$ 1,6640.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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